Frango
Desempenho do frango vivo em fevereiro de 2017
Por Avisite -
Em fevereiro de 2017, o frango vivo comercializado no interior paulista completou o terceiro mês sucessivo de cotação em retrocesso. Assim, ainda que seu preço médio tenha ficado apenas meio por cento abaixo do que foi registrado no mês anterior, comparativamente aos R$3,10/kg em vigor no trimestre setembro-novembro de 2016 a queda acumulada girou em torno de 15%.
Por outro lado, uma vez que em relação ao mesmo mês do ano passado a redução ocorrida em fevereiro não chegou a um por cento, à primeira vista o preço médio registrado foi plenamente justificável, visto, principalmente, que o milho, principal fator de custo do frango, também registrou queda em torno de 15% em relação ao que foi registrado um ano atrás.
Notar, porém, que há um ano o frango vivo ocasionou pesado ônus para os produtores, pois o preço então alcançado – ainda que quase 13,5% superior ao de fevereiro/15 – foi insuficiente para cobrir o elevado custo do milho. Aqui, porém, o alto diferencial decorreu, muito mais, da base baixa no ano anterior do que, propriamente, da valorização do produtor em 2016.
De toda forma é oportuno observar que, a despeito do baixo preço registrado na ocasião, dois anos atrás o poder de compra do frango vivo em relação ao milho era superior ao atual. Ou seja: em fevereiro de 2015 uma tonelada de frango vivo gerou receita suficiente para adquirir 4,8 toneladas de milho, já neste último fevereiro a mesma tonelada de frango vivo adquiriu não mais do que 4,2 toneladas de milho, 12% menos.
Não obstante continuar com preços defasados, em fevereiro o frango vivo voltou a registrar adequação ao mercado, condição que não era observada há pelo menos seis meses, ou seja, desde agosto do ano passado. Pois então, logo depois de ter sido registrada a última alta de 2016, as cotações registradas passaram a ser apenas referenciais de preço, pois proliferaram as vendas a preços inferiores.
No mês passado isso terminou, sinalizando não só o retorno do equilíbrio entre oferta e procura, mas também pequeno déficit de oferta. E se preços melhores não foram obtidos, foi por conta do mercado final, naturalmente recessivo em fevereiro e ainda mais neste ano, por força do alto nível de desemprego.
A esperança de melhores tempos agora se renova já que o ano está apenas começando.
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