Por volta de 7h30 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 6,75 e 7,50 pontos, levando o maio/17, que serve como referência para os negócios com a oleaginosa brasileira, a US$ 10,43 por bushel
Na sessão desta quarta-feira, 1º de março, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago dão continuidade ao seu movimento positivo trabalhando com alguns ganhos entre as posições mais negociadas. Por volta de 7h30 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 6,75 e 7,50 pontos, levando o maio/17, que serve como referência para os negócios com a oleaginosa brasileira, a US$ 10,43 por bushel.
O mercado internacional vinha esperando por um discurso do presidente americano Donald Trump e agora, segundo explicam analistas internacionais, os traders lêem em suas entrelinhas e encontram espaço para o avanço das cotações. Um dos principais pontos observados foi na questão dos biocombustíveis. Trump poderia ter dado uma pista de que em sua nova política teria assinado uma ordem de aumento no uso de biocombustíveis, um dia depois de um pregão intenso e de fortes altas para a soja e os grãos na CBOT.
"Já sabemos algo com certeza? Não! Os mercados estão trabalhando em cima de manchetes e rumores hoje? Sim!", diz o executivo da CHS Hedging, Joe Lardy, ao portal Agrimoney. As informações, entretanto, não foram claras e, por isso, o movimento de avanço dos preços, ainda segundo analistas internacionais, pode ter alguma fragilidade.
No paralelo, o mercado internacional da soja ainda se mantém atento também a seus fundamentos, principalmente a disputa por área nos Estados Unidos. As principais expectativas são de um aumento da área de soja no país, em detrimento do milho e do trigo, porém, com uma produtividade menor do que a da safra 2016/17 e, consequentemente, com uma colheita que também deverá ficar aquém da temporada anterior.
Na América do Sul, a safra caminha para se concluir de forma bastante satisfatória. As condições de clima favorecem a colheita no Brasil e, na Argentina, a conclusão das lavouras na maior parte das principais regiões produtoras.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Soja encerra sessão em alta, motivada por grande nível de especulação
O mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou o dia em alta, motivada principalmente por um movimento de expectativa em relação ao discurso de Donald Trump no Congresso americano na noite de hoje (28).
O vencimento março/17 encerrou com alta de 14 pontos, a US$10,25/bushel. Já o vencimento maio/17 teve alta de 15,25 pontos, a US$10,37/bushel. Os vencimentos julho/17 e agosto/17 encerraram com alta de 14,60 pontos, a US$10,45/bushel, ambos.
O analista de mercado Matheus Pereira, da AgResource, aponta que o mercado se encontra agitado e com alto nível de especulação, o que é chamado de Turn Around Tuesday na CBOT. Com fundos cobrindo posições vendidas durante o mercado noturno, houve um efeito de inércia na abertura desta manhã, entretanto, há um "movimento muito forte e especulativo em resposta aos rumores de que a administração de Trump estaria perto de uma ordem executiva direta ao mandato do Programa de Combustíveis Renováveis (RFS). Entretanto, não passaram de rumores", diz o analista.
O índice global MSCI ACWI subiu mais de 8% desde a eleição de Donald Trump em novembro, em expectativa de uma administração pró-negócios, mas caiu 1% nesta manhã em Nova York, uma vez que os investidores estão preocupados que Trump revele planos concretos para realizar suas promessas de campanha, como aponta a Reuters.
A intensidade da especulação nesta manhã chegou a colocar os preços da soja maio em $ 10,56. Depois da "calmaria" fechou em $ 10,35
Já no mercado interno, a tendência é que os novos negócios ocorram somente após o feriado de Carnaval, na quinta-feira (02). Porém, fatores como os preços baixos em Chicago e o dólar em patamares nada remuneradores ao produtor - girando em torno de R$ 3,10 - podem fazer com que os negócios sigam parados no Brasil.
Os últimos preços registrados não remuneram o produtor em boa parte do país - em Campo Novo do Parecis/MT - a R$ 69,00 - como é o caso de Ponta Grossa/PR. Nos portos, no balanço semanal, as perdas foram de até 4,05% - ou R$ 3,00 por saca - e os indicativos estão cada vez mais próximos dos R$ 70,00.
No terminal de Rio Grande, R$ 72,20 no disponível e R$ 74,00 por saca no mercado futuro. Já em Paranaguá, as referência para ambos os casos foi a R$ 71,00. Em Santos, R$ 71,90 e no porto de Imbituba, R$ 72,00 como último preço.
Data de Publicação: 01/03/2017 às 11:00hs
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Notícias Agrícolas
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