sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Soja: Em Chicago, mercado ainda avalia dados das vendas semanais e recua pelo 3º dia seguido



As principais posições da commodity exibiam perdas de mais de 5 pontos, por volta das 8h28 (horário de Brasília)



As cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta sexta-feira (2) em queda. As principais posições da commodity exibiam perdas de mais de 5 pontos, por volta das 8h28 (horário de Brasília). O março/18 operava a US$ 9,79 por bushel, enquanto o maio/18 era cotado a US$ 9,90 por bushel.
O mercado dá continuidade ao movimento negativo e caminha para consolidar a terceira queda seguida. De acordo com informações reportadas pelo Agrimoney.com, os investidores ainda avaliam o fraco desempenho das vendas semanais divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira.
Na semana encerrada no dia 25 de janeiro, as vendas de soja dos Estados Unidos somaram 359 mil toneladas da safra 2017/18. O volume representa uma queda de 42% em relação à semana anterior e de 50% em comparação à média das últimas quatro semanas. O mercado apostava em algo entre 700 mil a 1,2 milhão de toneladas.
"Em seu último boletim, o USDA já reduziu sua projeção para as exportações americanas nesta temporada. E os analistas privados já começam a especular sobre a possibilidade de novo ajuste no relatório de fevereiro", disse Benson Quinn Commodities.
Ainda assim, o especialista reforça que a demanda interna norte-americana, para esmagamento, poderia compensar possíveis cortes nas exportações. Cenário que também poderia acontecer na América do Sul. Os mapas climáticos voltaram a indicar chuvas na Argentina a partir da próxima semana.
Porém, a safra do país já tem perdas consolidadas e, diante desse quadro, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu de 54 milhões para 51 milhões de toneladas a projeção para a produção neste ciclo. Em contrapartida, a INTL FCStone revisou para cima a safra brasileira, para 111,08 milhões de toneladas.
"O mercado está analisando se a soja extra do Brasil compensará as perdas na Argentina", divulgou o Agrimoney.com.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Soja recua pelo 2º dia consecutivo em Chicago com fracas vendas semanais e chuvas na Argentina
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros da soja recuaram no pregão desta quinta-feira (1) e consolidaram o segundo dia consecutivo de desvalorização. As principais posições da oleaginosa caíram mais de 10 pontos. O contrato março/18 era cotado a US$ 9,85 por bushel, enquanto o maio/18 trabalhava a US$ 9,96 por bushel.
"O mercado foi pressionado por vendas técnicas, em um movimento de retomada de lucros depois das recentes valorizações, e após dados fracos das vendas semanais indicados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)", informou a Reuters internacional.
Na semana encerrada no dia 25 de janeiro, as vendas de soja dos Estados Unidos somaram 359 mil toneladas da safra 2017/18. O volume representa uma queda de 42% em relação à semana anterior e de 50% em comparação à média das últimas quatro semanas. O mercado apostava em algo entre 700 mil a 1,2 milhão de toneladas.
No acumulado da temporada, as vendas de soja totalizam 43.594,7 milhões de toneladas. Em igual período do ano anterior, o volume estava em 50.387,7 milhões de toneladas.
Paralelamente, o mercado continua sendo direcionado pelas previsões climáticas na Argentina. Para os próximos dias, os mapas ainda indicam a continuidade das altas temperaturas e poucas chuvas. O cenário já afetou o rendimento das lavouras e, nesta quinta-feira, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) reduziu a projeção para a safra de 54 milhões para 51 milhões de toneladas do grão nesta temporada.
"As perspectivas a curto prazo, como aponta a Bolsa, não indicam alívio efetivo em zonas comprometidas por estresse hídrico e é por isso que a entidade justifica a redução de sua estimativa", reportou a entidade.
Ainda assim, a partir da próxima semana as previsões climáticas voltaram a indicar chuvas nas principais regiões de produção no país. "A chuva deve ocorrer em praticamente todas as regiões produtoras. Não serão chuvas volumosas, mas suficientes para elevar os níveis de umidade do solo, garantindo boas condições ao desenvolvimento das lavouras", informou a Climatempo.
Mercado interno
O primeiro dia do mês de fevereiro foi de ligeiras movimentações aos preços da soja praticados no mercado doméstico. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, no Oeste da Bahia, a saca da oleaginosa recuou 2,15% e terminou a quinta-feira a R$ 60,67.
Em Assis (SP), o recuo foi de 0,95%, com a saca a R$ 62,40. Já em Panambi (RS), a queda ficou em 0,87%, com a saca a R$ 61,50. Nos portos, os preços cederam novamente nesta quinta-feira. O disponível caiu 0,70% no Porto de Paranaguá, com a saca a R$ 71,00. No terminal de Rio Grande, a queda foi de 0,69%, com o disponível a R$ 71,50 a saca.
Ainda nesta quinta-feira, a INTL FCStone elevou a projeção da safra brasileira para 111,08 milhões de toneladas. A expectativa é que as exportações também sejam maiores nesta temporada.
"O clima durante o desenvolvimento da safra foi no geral benéfico, com alguns produtores, inclusive, reportando rendimentos acima dos do ano anterior, apesar de a média esperada estar mais baixa", disse a analista de Inteligência de Mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi, em relatório divulgado nesta quinta-feira.


Data de Publicação: 02/02/2018 às 11:10hs
Fonte: Notícias Agrícolas

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