Publicado em 30/07/2018 17:32
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram o pregão desta segunda-feira (30) em campo positivo. As principais posições da commodity ampliaram os ganhos e fecharam o pregão com altas entre 4,75 e 5,25 pontos, uma valorização de mais de 1%.
O contrato setembro/18 era cotado a US$ 3,67 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,81 por bushel. O março/19 encerrou o dia a US$ 3,91 por bushel, já o maio/19 trabalhava a US$ 3,97 por bushel.
"O milho alcançou uma alta de um mês e meio com apoio do trigo e com condições secas em partes do Meio-Oeste dos EUA", reportou a Reuters internacional em seu comentário diário.
No caso do trigo, as cotações da commodity finalizaram a sessão desta segunda-feira com altas de mais de 15 pontos, com ganhos de mais de 3% nos primeiros vencimentos. O setembro/18 era cotado a US$ 5,46 por bushel e o dezembro/18 a US$ 5,66 por bushel.
Por sua vez, os futuros do trigo subiram impulsionados pelas preocupações com as safras em vários países devido ao clima irregular. "Cenário que pode reduzir os estoques mundiais do grão", completa a Reuters.
O clima nos Estados Unidos também voltou ao centro dos negócios nesse início de semana. Isso porque os mapas voltaram a indicar condições mais secas para o Corn Belt.
"Diante das condições de seca que invadiram o centro-oeste dos EUA, alguns analistas de grãos esperam uma qualidade ligeiramente menor do milho e da soja, o que foi suficiente para dar a esses preços um modesto aumento na segunda-feira", informou o portal Farm Futures.
A expectativa é que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revise para 71% o índice de lavouras de milho em boas ou excelentes condições no país em seu relatório de acompanhamento de safras. Na semana anterior, o índice estava em 72%.
Além disso, os futuros do cereal ainda encontraram suporte nos números dos embarques semanais reportados pelo USDA. Na semana encerrada no dia 26 de julho, os embarques do cereal somaram 1.658,4 milhão de toneladas, contra as 1.327,5 milhão de toneladas reportadas na semana anterior.
Mercado interno
A segunda-feira foi de ligeiras movimentações nos preços do milho no mercado doméstico. Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Sorriso (MT), o preço subiu 5,56%, com a saca a R$ 19,00.
Já em Panambi (RS), o ganho ficou em 2,86%, com a saca do cereal a R$ 34,50. Na região de Castro (PR), a alta foi de 2,70%, com a saca a R$ 38,00. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em setembro/18, subiu 2,60% e encerrou a segunda-feira a R$ 39,50.
De acordo com informações do Cepea, as cotações permanecem sustentadas no mercado doméstico, apesar do avanço da colheita da safrinha. "Os vendedores consultados pelo Cepea estão retraídos nas negociações do cereal, elevando as cotações no mercado doméstico", informou a instituição em nota.
Os participantes do mercado permanecem atentos à produtividade dos campos brasileiros. As negociações continuam travadas no mercado doméstico em meio às incertezas em relação a oferta e também diante do impasse do tabelamento do frete.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,7300 na venda, com alta de 0,33%. "O câmbio fechou a segunda-feira com leve alta, com a a agenda mais leve desviando a atenção do mercado para eventos dos próximos dias, entre os quais decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, esta podendo influenciar o fluxo de recursos pelo mundo", destacou a Reuters.
Confira como fecharam as cotações nesta segunda-feira:
Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas
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