Publicado em 31/07/2018 15:04
Problemas de transporte, seca e tarifas impostas pela China refletiram diretamente nas vendas
As exportações de açúcar na região de Ribeirão Preto caíram 12% na comparação entre o acumulado de 12 meses. As vendas recuaram de US$ 934,5 bilhões (julho de 2016 a junho de 2017) para US$ 822,5 bilhões (julho de 2017 a junho de 2018). Os dados são do Boletim Comércio Exterior do Ceper/Fundace, com base nos indicadores da Comex.
A queda se deu principalmente em função das vendas para a China, que elevou as tarifas sobre a importação do produto brasileiro. Paralelamente, a produção de açúcar tem disparado na Índia e na Tailândia, agravando a pressão no mercado internacional.
“A produção de açúcar deve cair mais com maior o aumento da produção de etanol. E ainda temos outro fator preocupante para o setor que é a definição do novo governo brasileiro e de que forma será conduzido o teto dos preços internos da gasolina, o que pode tornar o etanol bem menos competitivo nas bombas”, avalia o pesquisador do Ceper Luciano Nakabashi, coordenador de estudos sobre comércio exterior, realizado em conjunto com as pesquisadoras Francielly Almeida e Armando Henrique.
Na contramão, a exportação de soja seguiu em alta na região, com aumento de 17,44% no período analisado. As vendas do grão brasileiro no mercado externo têm registrado valores substanciais ao longo de 2018, resultado da colheita recorde, da quebra de safra na Argentina e da expectativa de aumento das exportações para a China, diante da guerra comercial travada entre o país asiático e os Estados Unidos.
O destaque na região ficou com o amendoim não torrado, que registrou quase 60% de aumento nas vendas externas. O item papel e cartão apresentou queda de 6,77%, e as exportações de carne não apareceram entre os principais produtos nos últimos 12 meses,
já que sofreram com a paralisação dos caminhoneiros e os embargos comerciais, como no caso da da União Europeia para com o frango.Os dados completos do Boletim Comércio Exterior podem ser acessados no site da Fundace:
https://www.fundace.org.br/_up_ceper_boletim/ceper_201807_00385.pdf
já que sofreram com a paralisação dos caminhoneiros e os embargos comerciais, como no caso da da União Europeia para com o frango.Os dados completos do Boletim Comércio Exterior podem ser acessados no site da Fundace:
https://www.fundace.org.br/_up_ceper_boletim/ceper_201807_00385.pdf
Sobre o Ceper – O Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper) foi criado em 2012 e tem como objetivo desenvolver análises regionais sobre o desempenho econômico e administrativo regional do País. Reúne a experiência de diversos pesquisadores da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto) da Universidade de São Paulo em pesquisas relacionadas ao Desenvolvimento Econômico e Social em nível regional, a análise de Conjuntura Econômica, Financeira e Administrativa de municípios e Gestão de Organizações municipais, entre outros. A iniciativa de criação do Centro foi dos pesquisadores Rudinei Toneto Junior, Sérgio Sakurai, Luciano Nakabashi e André Lucirton Costa, todos da FEA-RP/USP. Os Boletins Ceper têm o apoio do Banco Ribeirão Preto, Stéfani Nogueira Incorporação e Construção, São Francisco Clínicas, Citröen Independance, Ribeirão Diesel e CM Agropecuária e Participações.
Sobre a Fundace – A Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace) é uma instituição privada, sem fins lucrativos, criada em 1995 para facilitar o processo de integração entre a FEA-RP e a comunidade. Oferece cursos de pós-graduação (MBA) e extensão em diversas áreas. Também realiza projetos de pesquisa in company, além do levantamento de indicadores econômicos e sociais nacionais e regionais.
Fonte: Fundace
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