Publicado em 30/07/2018 18:16
Nesta segunda-feira (30), os preços da soja trabalharam durante todo o dia em campo positivo e terminaram o pregão na Bolsa de Chicago com altas de 4,50 a 6 pontos entre os contratos mais negociados. O novembro/18 ficou em US$ 8,91 por bushel, enquanto o janeiro/19 conseguiu fechar a sessão com US$ 9,01.
Com as leves altas e mais o ligeiro ganho do dólar frente ao real, os preços da soja no mercado brasileiro registraram algumas valorizações no interior do país, bem como nos portos. O avanço, porém, ainda não é generalizado. A maior parte das principais praças de comercialização seguiu estável.
A moeda americana, nesta primeira sessão da semana, fechou o dia com alta de 0,33% e valendo R$ 3,73. A recuperação veio, segundo a agência de notícias Reuters, após uma baixa acumulada de mais de 4% nas últimas quatro semanas.
"No comunicado pós-reunião (do Fed) é que estarão as atenções em busca de pistas sobre novos aumentos em setembro e provavelmente em dezembro", trouxe a Advanced Corretora.
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Enquanto a cotação recuou 2,33% em Ponta Grossa/PR, para R$ 84,00 por saca, subiu 13,53% para R$ 77,20 em Luís Eduardo Magalhães/BA. Nos portos, Paranaguá marcou R$ 91,00 no disponível, subindo 0,55%, mas perdeu 1,22% para fevereiro/19, onde fechou com R$ 81,00. Já no terminal de Rio Grande, ganho de 0,57% para R$ 87,50 no disponível e estabilidade no agosto, em R$ 88,00 por saca.
Segundo explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, os preços ainda enfrentam dificuldade em exibir uma recuperação ainda mais intensa diante da pressão que os altos fretes - por conta da última tabela trazida pela ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres) - ainda exerce sobre o mercado.
"Os negócios acontecem pontualmente porque os produtores ainda estão muito preocupados com essa incerteza dos fretes", diz o executivo. Afinal, em muitos lugares as contas não fecham e os valores inviablizaram os produtos.
Isso se dá mesmo com os prêmios oferecidos pela soja brasileira ainda bastante elevados, superando os US$ 2,00 por bushel sobre os valores praticados em Chicago. "Hoje, o produtor brasileiro recebe cerca de US$ 11,20 com Chicago e prêmio", explica Brandalizze. Ainda assim, a cautela permanece, justamente em função da questão logística.
Mercado Internacional
Na Bolsa de Chicago, uma conjunção de fatores deu força às altas dos futuros da oleaginosa no pregão desta segunda-feira, como explicou o diretor de commodities da INTL FCStone, Glauco Monte. Entre eles, os embarques semanais norte-americanos acima do esperado pelos traders, as previsões indicando tempo um pouco mais seco nos próximos dias no Corn Belt e os ganhos nos mercados vizinhos, especialmente o trigo.
Na semana encerrada em 26 de julho, os embarques norte-americanos de soja somaram 740,323 mil toneladas, contra o intervalo esperado pelos traders de 500 mil a 700 mil toneladas. No acumulado da temporada, os EUA já têm embarcadas 52.448,820 milhões de toneladas, contra mais de 54 milhões do ano passado, nesse mesmo período.
No quadro climático, as lavouras de soja se aproximam do mês mais crítico para seu desenvolvimento e definição de produtividade, e o mercado, portanto, renova e redobra suas atenções sobre esses fatores, mesmo em meio à guerra comercial entre China e EUA que continua em andamento.
E as previsões começam a indicar dias mais secos para os próximos dias, além de uma ampliação da área do Meio-Oeste americano que vem sofrendo com a seca.
Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas
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