Publicado em 30/07/2018 15:30
Feijão-carioca – É interessante que há corretores e compradores tradicionais observando que é difícil identificar se realmente diminuiu o total de área plantada de Feijão-carioca. Apontam que polos de produção tradicionais do noroeste de Minas, como Unaí e Paracatu, podem até, quem sabe, ter diminuído alguma coisa, mas, por outro lado, municípios menos expressivos apareceram com maior volume de oferta este ano, e isto ocorre em Goiás e na Bahia também. Um dos maiores empacotadores do Distrito Federal diz receber todos os dias telefonemas de corretores e produtores de fazendas que ele nunca ouviu falar que plantavam. Apesar disso, a boa procura durante a sexta-feira fez com que houvesse a sensação de mais compradores atuando no mercado. O bom volume de vendas resultante desta procura, que na verdade manteve-se durante toda a semana passada, dá ânimo para que os produtores que começam a colher procurem manter o nível de preço acima dos R$ 105/110 em Minas Gerais, e, em Goiás, ao redor de R$ 100. Se, de um lado, a semana começa com boa colheita nos pivôs, por outro lado o período do mês normalmente é próprio para reposição.
Feijão-preto – Durante a semana passada houve movimento mediano de negócios de Feijão-preto. Os preços ficaram mantidos nas fontes no Paraná entre R$ 128/135. A venda desta variedade segue abaixo do normal. Com os preços mais baixos nas gôndolas do Feijão-carioca, a população, que enfrenta uma das piores crises da história recente, se obriga a comprar por preço e não por sua tradicional preferência, em regiões onde os dois produtos estão à disposição.
Feijão-rajado – Despois da busca mais intensa dos exportadores, que chagaram a pagar R$ 145, o mercado volta a ter mais oferta e, portanto, o recuo nos preços não surpreende. Havia, na última sexta-feira, produtores dispostos a vender por R$ 130/135.
Feijão-caupi – O mercado segue praticamente parado. Produtores, em geral no Mato Grosso, após colherem e colocarem em bags, estão mais tranquilos e preferem esperar quando recebem ofertas abaixo de R$ 40. Por outro lado, os importadores seguem totalmente parados. Não há demanda e, portanto, não há perspectivas de mudanças do cenário no curto prazo.
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Fonte: IBRAFE
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