Publicado em 30/07/2018 11:46
Por Alex Lawler
LONDRES (Reuters) - A produção de petróleo da Opep subiu neste mês para o maior nível em 2018, com membros do grupo no Golfo bombeando mais após um acordo para aliviar cortes de oferta e com a adesão do Congo ao cartel, mostrou uma pesquisa da Reuters, embora problemas no Irã e na Líbia tenham limitado a alta.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) bombeou 32,64 milhões de barris por dia em julho, de acordo com a pesquisa, alta de 70 mil bpd ante o nível revisado de junho e o maior nível neste ano, com a adição do Congo.
A Opep e seus aliados concordaram no mês passado em aumentar a oferta após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exigir que produtores compensassem perdas causadas por novas sanções dos EUA contra o Irã.
As queixas de Trump vieram depois de os preços do petróleo tocarem neste ano 80 dólares o barril pela primeira vez desde 2014.
A adesão coletiva da Opep a suas metas de produção caiu para 111 por cento em julho, ante um nível revisado de 116 por cento em junho, segundo a pesquisa, o que mostra que o grupo ainda tem cortado a oferta além do previsto.
Após a decisão da Opep e aliados de aliviar os cortes, o Kuweit e os Emirados Árabes Unidos elevaram a produção em 80 mil bpd e 40 mil bpd em julho, respectivamente, enquanto a Arábia Saudita ampliou a produção em 50 mil bpd, com um maior uso de petróleo em refinarias e em usinas de energia, embora as exportações do reino tenham ficado perto do nível de junho.
A oferta da Nigéria, constantemente afetada por interrupções não programadas, subiu em 50 mil bpd. O Iraque também elevou a produção com mais exportações por seus terminais ao sul do país.
Entre os países que reduziram produção, a maior queda foi do Irã, com 100 mil bpd, à medidas que as exportações caíram devido ao temor de compradores com a retomada das sanções dos EUA.
A produção também caiu na Líbia e na Venezuela, enquanto a entrada do Congo na Opep em junho adicionou 320 mil bpd em produção e levou a oferta do cartel neste mês ao maior nível desde outubro de 2017, segundo as pesquisas da Reuters.
Excluído o Congo, segundo a pesquisa, a Opep produziu cerca de 460 mil bpd abaixo de sua meta implícita em julho.
Fonte: Reuters
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