Publicado em 31/10/2018 15:51 e atualizado em 31/10/2018 16:49
Investigação sobre a morte de Celso Daniel poderá ser retomada por Sergio Moro á frente do Ministério da Justiça, diz advogado do escritório Pinheiro Pedro
Antônio Fernando Pinheiro Pedro - Advogado e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa
A fim de repercutir os novos desdobramentos políticos do Brasil, com as primeiras medidas anunciadas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, os jornalistas Aleksander Horta e João Batista Olivi, do Notícias Agrícolas, conversaram com Antônio Fernando Pinheiro Pedro, advogado e vice-presidente da Associação Paulista de Imprensa.
Pedro acredita que o país está começando uma "nova era". Contudo, ele acredita que o novo Governo ainda deve enfrentar diversas dificuldades, embora, para ele, a eleição de Bolsonaro tenha sido um "grande passo".
O foco da conversa esteve voltado para o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, que deve ser anunciado como o novo Ministro da Justiça. Para Pedro, Moro é uma referência do judiciário nacional e internacional. O advogado ressalta que ele representa "um magistrado corajoso que reproduziu a operação Mãos Limpas da Itália e conclui a operação sem riscos em sua reputação". Ele comenta, ainda, que há chances de Moro assumir também uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Confira a entrevista completa no vídeo acima.
Moro vai aceitar o Ministério da Justiça ampliado (no ESTADÃO)
No encontro que terá amanhã as 9h30, com Jair Bolsonaro e com seu vice, o general Hamilton Mourão, na casa do presidente eleito, no Rio, o juiz Sérgio Moro vai comunicar que aceita o convite que lhe será formalizado, para assumir o Ministério da Justiça. Ao que se apurou, a inclinação do juiz curitibano, diante da escolha de seu nome, foi claramente positiva.
Como seria esse novo ministério? Ele traria um novo desenho do MJ, mais ampliado, que incluiria a área de Segurança Pública, mais a Secretaria da Transparência e Combate à Corrupção, juntando no pacote a CGU e o Coaf. (POR SONIA RACY).
Superpasta para Moro
No encontro que terá amanhã, 1, com Jair Bolsonaro e o vice, general Hamilton Mourão, o juiz Sérgio Moro vai comunicar que aceita o convite — que será formalizado — para assumir o Ministério da Justiça (MJ). De acordo com Sonia Racy na Coluna Direto da Fonte, a inclinação do juiz, diante da escolha de seu nome, foi claramente positiva.
Moro será xerife de uma superpasta, segundo informa a colunista do Estadão: além de retomar a área de Segurança Pública, a Justiça teria sob seu guarda-chuva a Secretaria da Transparência e Combate à Corrupção, juntando no pacote a CGU e o Coaf, que hoje está na alçada do Ministério da Fazenda.
Pânico em Brasília II (em O Antagonista)
O advogado Kakay, que dispensa apresentações, disse ao Broadcast do Estadão que será uma “vergonha a mais” para o Judiciário, caso Sergio Moro aceite o convite de Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça.
“O Moro tem plenas condições de ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), mas aceitar ser ministro do Executivo, tendo participado ativamente dessa eleição – do processo de prisão do ex-presidente Lula, entre outras questões -, acho que infelizmente desqualifica completamente o Poder Judiciário.”
Considerando a reação geral, aceitar o convite parece ser a coisa certa a fazer.
O plano de Moro
Exatamente um ano atrás, Sergio Moro falou sobre a necessidade de se fazer um “Plano Real Contra a Corrupção”.
É o que explica sua ida ao Ministério da Justiça: a chance de institucionalizar a Lava Jato, criando instrumentos permanentes de combate à roubalheira – coisa que ninguém fez.
Moro ministro contra a rota do dinheiro sujo
A possível passagem do Coaf para a alçada de um superministério da Justiça comandado por Sergio Moro é mostra de que o combate à lavagem de dinheiro proveniente de corrupção será prioritário, caso ele aceite mesmo o convite.
Mais cedo, contamos que um dos eixos da gestão de Moro no MJ será justamente o combate a crimes financeiros.
Não é à toa que o PT está chamando todo mundo de “fascista”.
Por: Aleksander Horta e João Batista Olivi
Fonte: Notícias Agrícolas
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