terça-feira, 30 de outubro de 2018

Soja recua em Chicago com colheita americana, plantio no BR e demanda fraca nos EUA



Publicado em 30/10/2018 17:27



Depois de mais uma sessão de pouca movimentação na Bolsa de Chicago, os preços da soja fecharam o pregãoo desta terça-feira (30) com baixas de pouco mais de 5 pontos entre os principais vencimentos. O novembro/18, assim, fechou o dia com US$ 8,33 por bushel, enquanto o maio/19 foi a US$ 8,74. 
A combinação do avanço rápido da colheita no Meio-Oeste americano, do plantio na América do Sul, mais especificamente no Brasil, e de uma demanda fraca pela soja dos Estados Unidos continua sendo o principal fator de pressão sobre os preços internacionais. 
Até o último domingo (28), a colheita norte-americana da soja estava concluída em 72% da área, contra uma expectativa do mercado de 68%. O índica ainda fica abaixo do ano passado e da média dos últimos cinco anos, quando o índice era de 81%. Na semana passada, o total era de 53%.  
Aliados a estes componentes estão ainda um dólar que se fortalece na cena externa - o que deixa os produtos americanos menos competitivos - e a falta de acordo ainda entre China e Estados Unidos e a guerra comerical que continua em curso. 
As perspectivas de um entendimento entre as duas maiores economias do globo ainda se mostram distantes - mesmo com a proximidade de uma nova reunião do G20 - e uma nova rodada de tarifações dos EUA sobre a China estaria próxima, podendo levar o total tributado a US$ 500 bilhões em bens pelos americanos. 

E o governo do presidente Donald Trump já adiantou que não tem planos de estender seu pacote de subsídios aos produtores norte-americanos afetados pela guerra comercial  confiando em uma recuperação do mercado.
"Os produtores são muito resilientes e se adaptaram em fazer seu planejamento e tomar suas decisões de mercado baseado no cenário atual. Assim, os agricultores definirão as melhoes direções para seus negócios para 2019 sem as expectativas de um programa de facilitação de mercado", disse o secretário de agricultura dos EUA, Sonny Perdue. 
Ao mesmo tempo, a partir de dezembro as indústrias chinesas deverão reduzir seu percentual de farelo de soja na produção de alimentação animal e esse é mais um sinal de que a nação asiática está, de fato, se ajustando a essa nova dinâmica causada pela disputa comercial. 
Preços no Brasil
A terça-feira, no mercado brasileiro, foi de estabilidade em quase todo o país, incluindo as praças do interior do país e o portos. As oscilações foram bem pontuais. 
Enquanto as praças do Paraná registraram pequenas altas, no Oeste da Bahia a cotação da soja cedeu mais de 4% para fechar com R$ R$ 62,50. 
No porto de Paranaguá, os preços permaneceram estáveis com R$ 86,00 no disponível e com R$ 76,00 para a safra nova. Em Rio Grande, alta de 0,69% para R$ 87,60 no spot e de 0,80% para R$ 88,70 por saca. 
O dólar também recuou nesta terça e continuou a limitar a recuperação dos preços no mercado nacional. A divisa encerrou a sessão com baixa de 0,40% e valendo R$ 3,6906. 
"Trouxe tranquilidade a fala sobre Previdência, BC, permanência do Ilan. Mas amanhã tem a formação da taxa Ptax (de fim de mês), na sexta-feira, payroll (relatório do mercado de trabalho dos Estados Unidos), com o Brasil fechado", destacou o superintendente da Corretora Correparti, Ricardo Gomes da Silva à Reuters, mencionando o feriado de Finados na sexta-feira.
 
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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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