terça-feira, 30 de outubro de 2018

Plantio de soja no PR segue atrasado por chuvas, mas sem prejuízo à qualidade



Publicado em 30/10/2018 14:27 e atualizado em 30/10/2018 15:05



SÃO PAULO (Reuters) - O plantio da safra de soja 2018/19 no Paraná, o segundo maior produtor da oleaginosa no Brasil, avançou seis pontos na última semana, para 65 por cento da área, mas ainda se mantém aquém do observado há um ano (73 por cento), informou o Departamento de Economia Rural (Deral) nesta terça-feira.
A semeadura no Estado começou forte, mas ao longo de outubro perdeu ritmo em razão das chuvas em excesso.
Neste mês, as precipitações ficaram acima do normal em todo o Paraná, com destaque para as porções norte e oeste, onde os acumulados variaram de 200 a 300 milímetros da média histórica, segundo o Agriculture Weather Dashboard, do Refinitiv Eikon.
Entretanto, como a maioria das lavouras ainda está em desenvolvimento vegetativo, a umidade em excesso não prejudicou a qualidade da soja. Segundo o Deral, 98 por cento das plantações estão em condição "boa", estável na comparação semanal e acima dos 96 por cento de um ano atrás.
O plantio atrasado pode ser reflexo da colheita de trigo também abaixo do visto em igual momento de 2017. Em muitas áreas, é necessário retirar o cereal do campo para se plantar a oleaginosa.

Até a véspera, a colheita de trigo no Paraná, o maior produtor do grão, estava em 82 por cento da área, versus 87 por cento na comparação anual.
Em paralelo, o Deral disse que o plantio de milho de primeira safra, o chamado "milho verão", já está praticamente concluído, com os trabalhos atingindo 94 por cento da área, ante 98 por cento há um ano.
Na temporada 2018/19, o Paraná deve produzir 19,6 milhões de toneladas de soja em uma área de 5,45 milhões de hectares, e 3,2 milhões de toneladas de "milho verão" em 352,8 mil hectares.
Quanto ao trigo, a produção paranaense deve totalizar 2,92 milhões de toneladas, conforme o Deral, vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado.
As chuvas deverão seguir acima da média nos próximos 15 dias no Estado, segundo informação do Refinitiv Eikon.
(Por José Roberto Gomes)
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Fonte: Reuters

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