Publicado em 28/02/2019 16:39 e atualizado em 28/02/2019 17:57
Entrevista com Braitner Vidovix sobre os caminhões parados na BR-163 PA
Braitner Vidovix - Secretário de Governo de Novo Progresso - PA
Mais de três mil carretas estão atoladas no trecho da BR-163 entre Novo Progresso e Moraes Almeida, no Pará. Causado por velhos e já conhecidos problemas, o caos se instalou após quatro dias ininterruptos de chuvas na região, que mais uma vez criaram atoleiros na estrada não pavimentada.
Trata-se de um trecho de aproximadamente 400 quilômetros e não há como manobrar os veículos, que são gigantescas carretas, em sua maioria carregadas com grãos vindas do norte de Mato Grosso. Atualmente, a safra dessa região do estado mato-grossense é toda escoada pelos portos do Arco Norte, principalmente Miritituba e agora parte dela está travada na enlameada BR-163.
Segundo relatou Braitner Vidovix, Secretário de Governo da Prefeitura Municipal de Novo Progresso, o fluxo diário deste trecho da estrada é de mais de mil carretas nos dois sentidos, que agora está completamente intrafegável. "Não há quem consiga tirar aquelas carretas de lá", diz, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quinta-feira (28).
Vidovix afirmou ainda que já há relatos de perdas nos itens que estão sendo carregados nestas carretas, bem como o agravamento da situação dos caminhoneiros e de suas famílias que estão presos nestes locais. Há inclusive crianças passando por isso. "As pessoas já estão, inclusive, começando a passar fome", diz.
Uma ação está sendo realizada em Novo Progresso, uma iniciativa do MBL Novo Progresso-PA, que busca arrecadar doações para ajudar esses caminhoneiros que estão há dias presos na estrada. São doações, principalmente de arroz, feijão, carne seca, óleo, macarrão e enlatados, além de água mineral.
Há pontos de arrecadação destes e demais itens pela cidade de Novo Progresso. "Não podemos tirá-los de lá, mas podemos fazer destes dias menos piores, sem fome e sem sede", disse um representante do MBL.
Para quem quiser contribuir basta entrar com contato com Pedro Melo pelo telefone 93 8134-8087.
Por Carla Mendes e Jhonatas Simião
Fonte Notícias Agrícolas
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