terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Milho: Preços internacionais abrem a terça-feira com leves baixas



As principais cotações registravam desvalorizações entre 1 e 1,25 pontos negativos por volta das 09h05 (horário de Brasília)



Os preços internacionais do milho abriram a terça-feira (26) apresentando leves baixas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam desvalorizações entre 1 e 1,25 pontos negativos por volta das 09h05 (horário de Brasília). O vencimento março/19 era cotado a US$ 3,69, maio/19 valia US$ 3,78 e o julho/19 era negociado a US$ 3,87.
Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho caíram após algumas vedas técnicas e influenciado pela queda do trigo. Esse movimento negativo do trigo que influenciou o milho se deu pelas preocupações que continuam a crescer, e as exportações neste ano de comercialização não serão compatíveis com as previsões do USDA.
De acordo com informações da Agência Reuters, apesar de o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) noticiar que 693.964 toneladas de trigo dos EUA foram inspecionadas para exportação na semana passada, o que foi acima da expectativas do mercado, as inspeções atuais estão na casa das 1,4 milhões de toneladas atrás do ano anterior.
Confira como fechou o mercado na última segunda-feira:
Milho: segunda-feira fecha com quedas influenciadas pelo trigo e falta de novidades
Os preços internacionais do milho fecharam a segunda-feira (25) apresentando quedas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram desvalorizações entre 3,75 e 4,75 pontos. O vencimento março/19 era cotado a US$ 3,70, o maio/19 valia US$ 3,80 e o julho/19 era negociado por US$ 3,88.
Segundo o site Barchart, os preços futuros do milho foram negativamente influenciados por perdas no trigo. O spread de milho e trigo do CBOT é o menor desde maio do ano passado, na base do mês anterior, a 97 1/2 centavos de dólar.
Além disso, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma venda privada de exportação de 279.000 toneladas de milho para o México, com 88.500 toneladas para entrega em 2018/19 e 190.900 toneladas para 2019/20.
As informações da Agência Reuters, indicam que os futuros do milho declinaram pela primeira vez nas últimas quatro sessões nessa segunda-feira com vendas técnicas, pressão de transbordamento do trigo e a falta de novidades sobre o acordo na guerra comercial.
Investidores continuam monitorando notícias sobre o comércio entre EUA e China na espera que um acordo possa incluir uma grande compra de grãos pela potência asiática. O presidente americano, Donald Trump, disse que está otimista que um acordo comercial final poderia ser alcançado com a China e que ele iria assinar algum pacto, mas advertiu que um acordo pode ainda não acontecer.
Mercado Interno
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as valorizações apareceram somente nas praças de Assis/SP, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Panambi/RS, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Pareci/MT, Ponte Grossa/PR e Sorriso/MT. Não houve indicação de baixas.
A XP Investimentos aponta que, às vésperas do carnaval, o mercado físico paulista de milho abre mais uma semana especulado. Nesta segunda-feira (25), a amostra da XP Investimentos registra R$ 41,26/sc, a maior referência dos últimos 5 meses (set/18).
Como vem sendo ressaltado, o ponto chave ainda é a regionalização dos lotes. Intermediários e Silos voltaram a subir as pedidas pelos lotes de diferido, sabendo que parte das indústrias e granjas deverão fazer estoques para o feriado. Ao menos no curto prazo, porém, compradores se guiam e buscam lotes no mercado tributado, mesmo com logística complicada.
Nesta segunda o Cepea divulgou que os preços do milho continuam firmes na maior parte das regiões acompanhas pelo Cepea, mesmo diante do avanço da colheita da safra de verão. Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação vem da perspectiva de menor oferta nesta primeira safra, em função do clima desfavorável, e do ritmo aquecido das exportações.
Esse contexto mantém parte dos vendedores recuada do mercado, enquanto outros negociam apenas pequenos lotes, à espera de maiores valorizações. Além disso, muitos produtores estão com as atenções voltadas ao andamento da colheita. Já compradores estão mais ativos, com necessidade de repor estoques no curto prazo, o que, inclusive, impulsiona o movimento de alta dos preços em algumas regiões.
Nesse cenário, as negociações no mercado interno estão lentas. Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa fechou a R$ 41,65/saca de 60 kg na sexta-feira, 22, alta de 1,3% frente ao do dia 15 de fevereiro. No acumulado deste mês, a elevação chega a 5,9%. As preocupações relacionadas aos fretes e à redução da oferta do Centro-Oeste têm feito com que compradores realizem suas aquisições no mercado paulista em detrimento dos outros estados, aceitando pagar maiores patamares.

Data de Publicação: 26/02/2019 às 11:10hs
Fonte: Notícias Agrícolas


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