Publicado em 28/02/2019 16:45
BRASÍLIA (Reuters) - O economista Roberto Campos Neto tomou posse na manhã desta quinta-feira como novo presidente do Banco Central, conforme agenda pública do presidente Jair Bolsonaro, cumprindo etapa que, na prática, encerra a transição no comando da autoridade monetária.
A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto às 9h e foi fechada à imprensa, sem fala das autoridades, informou a assessoria de imprensa do BC.
A transmissão de cargo do ex-presidente Ilan Goldfajn a Campos Neto ocorrerá no dia 13 de março, às 15h, na sede do BC em Brasília. Na ocasião, ambos irão discursar, disse a assessoria.
Em sabatina no Senado nesta semana, Campos Neto sinalizou em sua primeira fala pública que deve manter a atual postura do BC na condução da política monetária ao pontuar que cautela, serenidade e perseverança são valores que devem ser preservados.[nL1N20L1YS]
Essas palavras vinham sendo utilizadas pelo BC para indicar que só a lenta atividade econômica e a inflação bem comportada não eram suficientes para abrir espaço para eventual queda da taxa básica de juros, estacionada há quase um ano na mínima histórica de 6,5 por cento ao ano.
Antes de ser indicado ao comando do BC, Campos Neto atuava como diretor no Santander Brasil, sendo responsável pela Tesouraria do banco.
Neto do renomado economista liberal Roberto de Oliveira Campos, que foi ministro do Planejamento nos primeiros anos do regime militar, Campos Neto tem mestrado em Economia com especialização em Finanças na Universidade da Califórnia, além de mestrado em Matemática Aplicada pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia.
Também tomaram posse nesta quinta-feira os novos diretores do BC, informou a assessoria de imprensa da autoridade monetária.
O economista João Manoel Pinho de Mello substituiu Sidnei Corrêa Marques como diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução. Bruno Serra Fernandes assumiu o cargo de diretor de Política Monetária. Ao mesmo tempo, Carlos Viana de Carvalho volta ao cargo de diretor de Política Econômica e o diretor Tiago Berriel permanece à frente da Diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos.
(Por Marcela Ayres)
Fonte Reuters
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