sábado, 9 de março de 2013
Instituto Mamirauá fará monitoramento de onças-pintadas
O Instituto Mamirauá, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, concluiu a campanha de captura de onças na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (AM).
A iniciativa teve início em novembro de 2012 e se estendeu até fevereiro deste ano. Cinco onças-pintadas foram capturadas, sendo dois machos e três fêmeas. Os bichos serão monitorados por meio de colares de telemetria, que informam, via satélite, a cada dois dias, a posição do animal.
Segundo o biólogo Emiliano Esterci Ramalho, responsável pelo Projeto Iauaretê, que estuda a ecologia da onça-pintada nas florestas inundáveis de várzea da Amazônia, o principal objetivo é entender como a espécie se comporta e usa o habitat da região quando o nível da água sobe e alaga a floresta. A ação também visa descrever o estado de saúde das onças-pintadas da reserva por meio da coleta e análise de sangue.
“Acreditamos que parte da população de onças fica nas florestas inundáveis e vive, durante um período do ano, no alto das árvores e nadando por períodos que podem ultrapassar um mês, todos os anos", afirmou o pesquisador.
Para capturar as onças-pintadas, 30 armadilhas de laço foram espalhadas em sete trilhas identificadas como locais de passagem dos animais. Durante a campanha, a equipe as percorria diariamente para verificar as armadilhas e se algum animal havia sido capturado.
“Os primeiros dias foram os mais tensos, porque algumas onças desarmaram as armadilhas sem serem pegas, enquanto outras pularam os laços, evitando a armadilha. A primeira captura ocorreu no décimo dia de campanha, à noite", relatou Ramalho
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