O Instituto Mato-grossense de economia agropecuária (IMEA) realizou uma análise do impacto da greve dos caminhoneiros sobre o setor agrícola em Mato Grosso. De acordo com o presidente da Famato, Rui Prado, a grande preocupação é com a disponibilidade limitada de óleo diesel nos estoques dos produtores e distribuidoras.
“A partir de hoje (segunda) calcula-se que 80% dos produtores terão que interromper o trabalho de colheita por falta de diesel para os maquinários. Isso vai gerar um transtorno, provocar um repensamento de toda a colheita”, explicou.
Os impactos sobre a colheita da soja e tratos culturais no algodão até o momento seriam imensuráveis, de acordo com a análise do IMEA. “Esperamos que o governo federal tome uma providência urgente, que consiga resolver essa questão”, ponderou Prado.
De forma geral, as paralisações dos caminhoneiros impactam diariamente a cadeia de soja com o atraso da receita de US$ 44,44 milhões, considerando a receita das exportações e do esmagamento de soja.
Estima-se que diariamente deixaram de ser embarca das 70,87 mil toneladas do complexo soja a cada dia de paralização, atrasando a arrecadação diária de US$ 29,07 milhões.
Já a produção de farelo e óleo de soja também está sendo afetada pela paralização, pois sem a chegada da oleaginosa nas indústrias, podem atrasar o esmagado de 25,53 mil toneladas por dia, deixando assim de arrecadar diariamente US$ 15,38 milhões.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias/Angela Fogaça (foto: arquivo/assessoria)
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