Entidades de Minas Gerais entregam documento sobre água ao governador

O Pacto de Minas Pelas Águas, elaborado por 11 entidades representativas do setor produtivo mineiro, foi entregue nesta terça-feira, 03 de março, ao governador Fernando Pimentel

O Pacto de Minas Pelas Águas, elaborado por 11 entidades representativas do setor produtivo mineiro, foi entregue nesta terça-feira, 03 de março, ao governador Fernando Pimentel. No documento estão os compromissos assumidos pelas entidades, como cooperação para atingir as metas de redução de água propostas pelo governo do estado, aperfeiçoamento nos processos produtivos e na utilização dos recursos hídricos; priorização de programas, projetos e ações para elevar a reutilização de água; investimentos na manutenção e recuperação de mananciais, preservação de lençóis freáticos e nascentes dos rios. Como contrapartida, foi pedido ao governo que sejam reduzidas as perdas de água no sistema da Copasa e revisados os mecanismos tarifários e regulatórios; revisão do ICMS Ecológico e dos termos contratuais do Programa de Recebimento e Controle de Efluentes não Domésticos (Precend); prioridade nas ações visando aumento da oferta hídrica; fortalecimento do Sistema Estadual de Recursos Hídricos; atuação emergencial para aumentar a oferta hídrica para a região metropolitana e um trabalho transparente para que os consumidores conheçam a real situação hídrica do estado. "Temos em torno de 30% de capacidade dos reservatórios da região metropolitana preenchidos. Este volume é suficiente apenas para quatro meses de consumo e a estiagem a partir de agora deve durar entre seis e sete meses. Precisamos realizar ações simultâneas para que não fiquemos com torneiras sem água. É necessário reduzir o consumo e o índice de perdas na rede de distribuição, que chega a 40%”, avaliou Fernando Pimentel. Marco - O presidente da FAEMG, Roberto Simões, afirmou que o lançamento do Pacto de Minas Pelas Águas é um marco, com a iniciativa das empresas e entidades empresariais mineiras convocando o governo para assinar o pacto e tomar atitudes necessárias, para evitar uma situação mais drástica de escassez de água. “Do ponto de vista da agricultura, a nossa contribuição é tentar ofertar água com manutenção de mananciais, preservação de nascentes e lençóis freáticos. Temos ações através da FAEMG, do SENAR e dos sindicatos neste sentido. Buscamos também fazer uso de sistemas mais adequados de irrigação, preparar as pessoas e conscientizar o nosso grupo como produtores de água. Dentro do possível, tentaremos reduzir o consumo, para que alcancemos um equilíbrio melhor de agora em diante”, destacou Roberto Simões. Data de Publicação: 09/03/2015 às 08:50hs Fonte: Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais - FAEMG