domingo, 8 de março de 2015

Expoagro Argentina‏: Opositor prevê fim das retenções

08/03/15 - 00:31 O ministro da Educação da cidade autônoma de Buenos Aires, Esteban Bullrich, esteve na quinta-feira na Expoagro de Rosario junto ao deputado oposicionista Néstor Roulet para explicar as propostas do candidato presidencial argentino Maurício Macri para o setor agropecuário. Bullrich lembrou que o "macrismo" conta com 13 propostas para mudar o cenário atual. Para ele, talvez a mais importante mudança resida na intervenção nesse setor. "Eliminaremos as cotas de exportação e as limitações de exportação nos mercados de carne, leite e trigo. Amarrado a isso, promovemos um trabalho específico em alguns setores, como carne e letire, promovendo ao altíssimo potencial que tem o país", sustentou o ministro portenho. Ele também afirmou que "quando assumir Macri devem terminar todas as retenções, exceto a de soja, que será reduzida de forma gradual por conta de seu tamanho e para não transformar o país em monocultura". Bullrich insistiu na necessidade da volta da rotação de culturas nos campos e explicou que o fenômeno da soja como único cultivo resultou nas inundações que têm vivido a província de Córdoba atualmente. Ao seu lado, o deputado Néstor Roulet indicou que a "sojização" teve sua cota de responsabilidade nas inundações, mas que a falta de infraestrutura também incidiu significativamente. Ele, que também é produtor, recordou que a Argentina mantém as mesmas estradas há 70 anos, quando hoje "se produz quatro vezes mais". O atraso na infraestrutura se soma à ausência de rotação de culturas. "A soja não é má, mas tem de se envolver-la dentro um processo onde exista mais absorção e não tanto escoamento", explicou. Bullrich também presumiu que a depreciação dos preços internacionais obrigará a aumentar a produtividade, "mas o campo já demonstou que pode fazer, ainda que para isso exija-se investimentos e regras claras". Roulet acrescentou que uma baixa na pressão impositiva promoverá uma maior competitividade apesar dos preços baixos. "Creio que se chegou a um piso em matéria de preços e agora voltará a uma tendência altista. Mas enquanto isso, o sojicultor precisa de 37 bushels para que a soja seja rentável. Restando 5% de retenções ao ano, imediatamente volta a ser competitivo. E se tirarmos os 20% do milho e as cotas, os 120 a 130 bushels para que precisam, isso se reduz a 80 bushels por hectare para ser rentável. Aí a rotação volta a ser uma possibilidade real e não uma mera lembrança do passado", concluiu. Agrolink Autor: Leonardo Gottems

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