PR: Dia de campo reúne tecnologias para soja e milho

09/03/15 - 00:00 Encontro promovido pelo curso de agronomia da UniFil discutiu estratégias para as safras de verão e inverno As culturas de soja e milho têm peso significativo para o agronegócio na região Norte do Paraná. Criar estratégias no campo e utilizar tecnologias para o plantio e colheita nas safras de verão e inverno são fundamentais para o sucesso em produtividade. Com o intuito de apresentar as principais novidades de ambos os sistemas produtivos, aconteceu neste sábado (7) pela manhã, em Londrina, o 2º Encontro de Tecnologias de Implantação e Manejo das Culturas do Milho e da Soja, organizado pelo curso de agronomia da UniFil. O evento reuniu em torno de 300 estudantes, professores, pesquisadores e alguns produtores da região. Pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Embrapa Soja e Embrapa Milho e Sorgo abordaram temas práticos aos participantes em sete estações: fitopatologia (identificação, manejo e controle de doenças da soja), entomologia (manejo de resistência de pragas e doenças), plantas daninhas, espaçamento das culturas, milhos especiais, compactação do solo (sistema de plantio direto) e fertilidade (fixação biológica do nitrogênio). O professor do curso de agronomia da Unifil e funcionário da Embrapa Soja na área de manejo de culturas e solo, Esmael Lopes dos Santos, explicou que a ideia do dia de campo foi mostrar soluções práticas para problemas recorrentes nas lavouras de soja e milho. "Eu acredito que o produtor muitas vezes possui a informação, mas tem dificuldade de aplicar na prática o conhecimento. Foi o que apresentamos aqui no evento e também aos alunos, que puderam aprender como funciona um dia de campo e tiveram contato direto com os pesquisadores de diferentes áreas". Uma das estações que chamou a atenção dos participantes foi a dos milhos especiais. A ideia foi mostrar cultivares desenvolvidas pela Embrapa Milho e Sorgo utilizadas para a alimentação humana (milho verde e pipoca) e também engorda de animais. O pesquisador da entidade, Walter Meirelles, disse que, ao contrário dos grãos de commodity, os milhos especiais estão com ótimo valor agregado e sem grandes dificuldades de manejo, bem similares ao híbrido comum. "O milho verde, por exemplo, é encontrado em mercados com preço de R$ 5 a bandeja com cinco espigas, enquanto um saco de 60 quilos de milho commodity é vendido atualmente a R$ 20", comparou o pesquisador. Para os alunos, foi uma oportunidade de agregar novos conhecimentos, já que muitos atuam em empresas voltadas ao agronegócio. "O mais importante foi analisar as inovações que a pesquisa está trazendo ao mercado, e como essas tecnologias estão sendo conduzidas", relatou o estudante de 3º ano de agronomia, Danilo Henrique de Souza. Victor Lopes Folha Web