quinta-feira, 31 de março de 2016

MS perde 41 mil hectares de soja e prejuízo deve ultrapassar R$ 100 mi

31/03/2016 11h10 - Atualizado em 31/03/2016 11h10


MS perde 41 mil hectares de soja e prejuízo deve ultrapassar R$ 100 mi




Mesmo com perdas, estado deve registrar safra recorde de 7,5 mi de t.
Prejuízo leva em contra investimento do produtor nas lavouras.




Anderson ViegasDo G1 MS





Lavoura de soja afeta pelo excesso de chuva em Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/Aprosoja/MS)Lavoura de soja afeta pelo excesso de chuva em Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/Aprosoja/MS)
Mato Grosso do Sul deve deixar de colher na safra 2015/2016 de soja, cerca de 41 mil hectares, o que deve ocasionar, segundo estimativa preliminar da Associação dos Produtores da oleaginosa (Aprosoja/MS), um prejuízo de mais de R$ 100,5 milhões aos produtores.
A Aprosoja/MS aponta com base em dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga) que as áreas de lavouras “perdidas” nesta safra foram afetadas diretamente pelo excesso de chuva, que atinge o estado desde o fim do ano passado ou indiretamente pelo mesmo fenômeno, que danificou estradas e pontes, impedindo, em muitos locais o acesso as lavouras.

O analista aponta, entretanto, que se forem considerados o que o produtor e a cadeia produtiva deixam de ganhar com a colheita dessas áreas, que o prejuízo fica ainda maior. “Mato Grosso do Sul poderia ter movimentado cerca de R$ 300 milhões a mais em comercialização, tributação e movimentação da cadeia produtiva, caso os campos não tivessem apresentado a perda que está sendo estimada para este ciclo", explica.
O analista de grãos do Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), Leonardo Carlotto, aponta que a estimativa do prejuízo foi calculada multiplicando o custo médio de produção por hectare no estado, que foi de R$ 2.452 na safra, pela área que foi plantada, mas não será colhida, 41 mil hectares, o que leva a estimativa inicial de R$ 100,5 milhões.
Mesmo com perdas, safra recorde
Mesmo com as perdas provocadas pelo excesso de chuva, Mato Grosso do Sul deve contabilizar uma safra recorde de soja neste ciclo, atingindo os 7,5 milhões de toneladas, conforme a estimativa mais recente da Aprosoja/MS, o que vai representar, se confirmada, um incremento de 8,6% frente as 6,9 milhões de toneladas colhidas na temporada anterior.
Até a sexta-feira passada (25), os produtores do estado, conforme o Sig, já haviam colhido 93% dos 2,5 milhões de hectares cultivados com a oleaginosa neste ciclo. O trabalho seguia mais acelerado no sudeste e sudoeste, com média de 96,6%, da área semeada já colhida. Nestas regiões, inclusive, dez municípios haviam encerrado o procedimento: Amambai, Aral Moreira, Caarapó, Douradina, Dourados, Fátima do Sul, Juti, Laguna Carapã, Naviraí e Vicentina.
Em contrapartida, a colheita seguia em rimo menor no centro e norte de Mato Grosso do Sul, com média de 81,8%. Nestas regiões apenas uma cidade, Coxim, concluiu a colheita até a semana passada.

31/03/2016 - 10:08

Ações para fomentar economia e turismo são apresentadas para prefeitos de Mato Grosso



Da Redação - Viviane Petroli


Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto
Ações para fomentar economia e turismo são apresentadas para prefeitos de Mato Grosso
Ações e projetos voltados para fomentar a economia e o turismo dos municípios de mato-grossenses foram apresentados para os 141 prefeitos em Cuiabá. A Feira Internacional do Turismo do Pantanal (FIT Pantanal), a reestruturação dos Centros de Atendimento Empresarial (CAE's) e a Rede Nacional de Simplificação do Registro e para Legalização de Empresas (Redesim) estão entre as ações e projetos desenvolvidos por Mato Grosso.

Tais ações e projetos, desenvolvidos pelo Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), voltados para o turismo, empreendedorismo e investimentos, foram discutidos durante reunião do Estado com os 141 prefeitos em Cuiabá na quarta-feira, 30 de março.



A Feira Internacional do Turismo do Pantanal (FIT Pantanal) é um dos projetos desenvolvidos pelo Estado e que entre os dias 20 e 24 de abril deverá reunir cerca de 100 mil pessoas em Cuiabá. O evento será no Centro de Eventos do Pantanal e conta em sua programação com rodadas de negócios e diversos eventos paralelos, incluindo a reunião da Zona de Integração do Centro-Oeste Sul-Americano (Zicosur); os fóruns nacionais de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur) e de Dirigentes Estaduais de Turismo da Amazônia Legal (CNtur); os encontros da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), de Negócios na Expotur (Salão do Turismo), de Guias de Turismo e dos Clubes da Melhor Idade.

A FIT Pantanal, destacou o secretário da Sedec, Seneri Paludo, a prefeitos dos consórcios municipais Pontal do Araguaia, Nascentes do Araguaia e Araguaia, "será um marco para que as pessoas, além de fazer negócios em turismo, divulguem esse conceito de integração e as potencialidades de Mato Grosso”.

Ainda no setor do Turismo, Seneri Paludo falou sobre o Mapa da Regionalização do Turismo de Mato Grosso, que hoje passa por atualização, além dos projetos do Pró-Turismo, que engloba a infraestrutura, a qualificação e a divulgação do potencial turístico do Estado.

Empreendedorismo

Segundo a Sedec, a pasta em parceria com as prefeituras e o Sebrae realiza a reestruturação dos Centros de Atendimento Empresarial (CAE’s). O objetivo é fomentar o empreendedorismo no Estado, bem como investimentos. Hoje, são 52 CAE's em funcionamento e outros 20 em processo de instalação.

Outro ponto destacado foi o Programa de Desenvolvimento Econômico Municipal (PDEM), que fará um levantamento das potencialidades locais e definição de ações para estimular, fomentar e orientar o desenvolvimento de municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e que encontram-se com suas economias exauridas.

Açude de São Gonçalo ultrapassa os 35%; Cajazeiras continua a captar muita água

Açude de São Gonçalo ultrapassa os 35%; Cajazeiras continua a captar muita água





Açude de São Gonçalo ultrapassa os 35%; Cajazeiras continua a captar muita água
31/03/16 - 11:02 


As chuvas fortes em Cajazeiras se iniciaram por volta das 21h dessa terça-feira (29) e se estenderam até a manhã desta quarta-feira (30), chegando a ultrapassar os 80 mm. O Açude Grande voltou a sangrar nesta manhã.
O manancial de Lagoa de Arroz continua recebendo grandes volumes de água e chegou aos 12.672.400 de metros cúbicos, o que corresponde a 15,5% da capacidade total. Em um dia, o açude captou mais de um milhão.
Já o reservatório de Engenheiro Ávidos (Boqueirão) tem acumulado pouco volume e continua com apenas 6,6% da sua capacidade máxima.
Sousa
O Açude de São Gonçalo é a grande surpresa e na manhã desta quarta feira alcançou os 16.108.900 milhões de metros cúbicos, o que representa mais de 35% da capacidade máxima. Em um dia, o açude recebeu 1,20 metros. Rios e açudes continuam desaguando no manancial.
Na cidade de Sousa choveu Sousa 80.2 mm, Aparecida 81 mm, Mariópolis 74,6 mm, Nazarezinho 72,4 mm, São José da Lagoa Tapada 41,3 mm, São Francisco 42,6 mm.
Rio que dá acesso ao sítio Mãe D água, Sousa.
Rio que dá acesso ao sítio Mãe D água, Sousa.
Outras regiões
Cajazeirinhas – 67,3mm
Condado – 64,0mm
Lagoa – 99,5mm
Paulista – 53,2mm
Pombal – 32,1mm
São Bentinho – 48,8mm
São Domingos – 63,0mm
Vista Serrana – 105,0mm
Areia de Baraúnas – 41mm
Cacimba de Areia – 165mm
Catingueira – 60.5 mm
Junco do Seridó – 73 mm
Malta – 41 mm
Mãe Dágua – 48,7 mm
Passagem – 52,2 mm
Patos – 39,4 mm
Quixaba – 63 mm
São José de Espinharas – 105,4mm
São José do Sabugi – 54,7 mm
Salgadinho – 52 mm
São José do Bonfim -105mm
São Mamede – 56,3 mm
Santa Teresinha – 94,4 mm
Várzea – 23 mm

CPI da Funai: Ministro Aldo Rebelo confirma interferência de ONGs estrangeiras

CPI da Funai: Ministro Aldo Rebelo confirma interferência de ONGs estrangeiras





CPI da Funai: Ministro Aldo Rebelo confirma interferência de ONGs estrangeiras
31/03/16 - 10:59

 
“Potências mundiais usam a causa indígena e ambiental, que são justas, para defender interesses econômicos, uma agenda de interferência”. A denúncia foi feita pelo ministro da Defesa, Aldo Rebelo, em audiência da CPI da Funai/Incra na última quarta-feira (30.03).
De acordo com Rebelo, esses países usam ONGs que supostamente atuam na “causa indígena” para “desestabilizar os interesses brasileiros”. Além dessas organizações, também setores da antropologia e correntes religiosas estariam fomentando um “abismo na sociedade”, além de disseminar relatos falsos para a imprensa internacional. 
“Temos que reparar a injustiça com os índios de forma consequente para que não sejam manipulados por agentes internos e externos, por ONGs interesseiras ou por agentes do próprio Estado, que se valem do seu sofrimento. Essas instituições doutrinam que brancos, fazendeiros e militares são inimigos. É uma campanha para desconstruir a relação e criar um abismo com os índios”, explicou o ministro.
O ministro apresentou um trabalho (feito quando ainda era deputado) apontando laudos fraudulentos, deslocamentos propositais de índios (inclusive estrangeiros) e falsificação de documentos e registros. 
Rebelo criticou ainda a assinatura pelo governo brasileiro de resoluções internacionais, como o caso da 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho): “Por que EUA, França, China e Rússia não assinaram? Ela é para causar confusão e não para dar proteção. Quem pensa na autonomia do seu país não assinou. O vácuo e a omissão do estado estão sendo preenchidos”.
O presidente da CPI, deputado federal Alceu Moreira (PMDB/RS), defendeu um projeto que contemple os interesses tanto de índios como de agricultores. “Um debate aberto, sem discurso encomendado, a fim de levar saúde, infraestrutura ou comprar terra legalmente, sem tirar dos proprietários de posse centenária”, concluiu.
 

Agrolink


Autor: Leonardo Gottems

Conab vendeu 96 toneladas de arroz nesta quarta-feira (30)

Conab vendeu 96 toneladas de arroz nesta quarta-feira (30)





Conab vendeu 96 toneladas de arroz nesta quarta-feira (30)
31/03/16 - 10:54 


Em dois leilões de arroz realizados hoje (30), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ofertou 128 toneladas do produto em casca. Deste total, foram vendidas 96 t. As operações referem-se aos Avisos de Nº 51 e 52. O valor arrecadado com estas operações foi R$ 74,2 mil.
Este ano a Conab também realizou outros dois leilões de arroz, além dos que ocorreram hoje (Avisos Nº 012 e 013), ambos em fevereiro, quando foram ofertadas 25 mil t e negociadas 21,6 mil t. Somadas às quantidades de hoje, o total ofertado em 2016 chega a 153 mil t e a quantidade total vendida é de 117,6 mil t.
O saldo não negociado hoje, de 32 t será reofertado em leilão posterior, já marcado para o próximo dia 6 de abril.
Clique aqui para ver a íntegra do resultado dos leilões desta quarta-feira.

Título de regularização fundiária é entregue em Cuiabá 31/03/2016 08:57

O prefeito Mauro Mendes entregou o primeiro título de regularização fundiária em 2016. Ao todo, mais de seis mil títulos de posse definitiva serão entregues durante a programação do aniversário de Cuiabá, em abril.
Hoje, recebeu a posse definitiva da propriedade a moradora do Carumbé, Selma Ferreira, que no local construirá uma casa-lar para pessoas com deficiência. “É o início de um sonho. Tive dois filhos com deficiência e me dediquei a eles por 12 anos. Quero me dedicar a outras pessoas com a mesma condição e com o título poderei financiar esse desejo”, disse ela.
Para Mauro Mendes, contribuir para a realização de sonhos é uma grande satisfação. “Este ano realizaremos o sonho de muitas outras famílias e, certamente, todas buscarão melhorias para suas casas, já que com a posse poderão obter financiamentos. Receber a posse definitiva do imóvel é o que todas esperam há muitos anos e tenho certeza de que também ficarão muito satisfeitas, como a dona Selma”, afirmou.
Com o título definitivo, os proprietários podem obter financiamentos bancários para reformas e melhorias nas residências. Também foi realizada parceria com os cartórios e o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Móveis) não será cobrado.

Fonte: Assessoria

Plano Safra recebe contribuições da Aprosoja‏ Mato Grosso

  • 31/03/2016 08:36
Endrigo Dalcin 4 - fevereiro 2016 (Lucas Nino) /
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) participou da elaboração das demandas de Mato Grosso ao Plano Agrícola e Pecuário 2016. Ontem, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) protocolou o documento no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimetno (Mapa). “O governo precisa conhecer nossas particularidades para criar um plano que beneficie os produtores rurais de Mato Grosso, tão importante para a economia brasileira”, afirma Endrigo Dalcin, presidente da associação.
As propostas foram discutias em conjunto pela Aprosoja, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) no Conselho de Desenvolvimento Agrícola do Estado.
A Aprosoja entende como uma das prioridades o aumento do limite de crédito por CPF do produtor rural. Atualmente, o limite é de R$ 1,2 milhão, o que inviabiliza o custeio para produtores que têm áreas maiores que 500 hectares. “Segundo estudos, 63% dos produtores de Mato Grosso tem áreas maiores e, pelo custo operacional atual, os recursos disponíveis são insuficientes”, explica Frederico Azevedo, gerente da comissão de Política Agrícola da entidade.
No Plano Safra 2014/15, os produtores rurais tinham o chamado “extra teto”, uma opção de contratar um valor acima do limite dependendo de suas práticas sustentáveis econômica e ambientalmente. Naquele ano, cada prática sustentável dava direito a 15% acima do crédito, chegando ao limite de 45%. No último Plano Safra esta opção foi cancelada e a Aprosoja solicita ao Mapa que retorne ao PAP 2016/17.
Em relação ao seguro rural, a reivindicação da associação é que a obrigatoriedade seja revogada. De acordo com a cartilha de crédito agrícola do Mapa, todos os produtores rurais que contratarem custeio agrícola a partir de 1º de julho deste ano estarão obrigados a adquirir o seguro rural. “A entidade acredita que o seguro rural precisa ser melhor trabalhado, com contratos mais simples, maior nível de cobertura e subvenção para contratos de renda”, explica Emerson Zancanaro, coordenador da Comissão de Política Agrícola da Aprosoja.
Outro ponto importante é a alteração do preço mínimo para soja, milho e algodão que, no entendimento das associações, encontra-se defasado. As demandas de Mato Grosso para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2016 estão no site da Aprosoja. Para acessar, clique aqui.
 

Fonte: Só Notícias/Agronotícias com assessoria (foto: assessoria/arquivo)

31/03/2016 - 09:36

S&P piora perspectiva de crédito soberano da China para negativa, mantém rating "AA-"

Pete Sweeney e James Pomfret/Reuters

A Standard & Poor's piorou sua perspectiva para a classificação de crédito soberano da China nesta quinta-feira de estável para negativa, mas manteve o rating "AA-", dizendo que a agenda de reformas do governo está em andamento mas deve avançar mais lentamente do que o esperado.

A revisão da perspectiva para a China segue-se a uma ação similar da agência de classificação de risco Moody's Investor Services no início de março.

Relatório aponta condição climática como maior responsável por baixa produtividade de soja em Mato Grosso

Relatório aponta condição climática como maior responsável por baixa produtividade de soja em Mato Grosso





Relatório aponta condição climática como maior responsável por baixa produtividade de soja em Mato Grosso
31/03/16 - 10:52 


De acordo com os pesquisadores, essas condições coincidiram com a fase de desenvolvimento vegetativo e com a época de floração e enchimento de grãos de muitas lavouras, o que resultou no baixo desenvolvimento e abortamento de flores e na formação de vagens vazias ou chochas.
O relatório aponta que as temperaturas máximas médias em 2015 em Sinop (MT) ficaram em 2,5oC, 3,6 oC e 2,9 oC acima dos valores médios do ano de 2013 nos meses de outubro, novembro e dezembro, respectivamente. Além disso, a precipitação registrada nesses meses na estação meteorológica da Embrapa Agrossilvipastoril foi 32% menor do que o registrado em 2013. Em fevereiro, quando algumas lavouras ainda estavam em fase de enchimento de grãos, o volume de chuva foi de apenas 15% do registrado em fevereiro de 2014 e de 18% do registrado no mesmo mês em 2015.
Doenças
Muitos consultores e produtores procuraram a Embrapa Agrossilvipastoril preocupados com as vagens vazias e grãos chochos encontrados nas lavouras.
Algumas plantas apresentavam sintomas de doenças como a mela seca e principalmente a macrophomina (ou podridão negra das raízes). De acordo com a pesquisadora Dulândula Wruck, as doenças não foram responsáveis pela perda da produtividade e sim consequência de outros problemas, como a falta de água e o impedimento químico e físico nas camadas superficiais do solo. Esses fatores fizeram com que as raízes não se aprofundassem e comprometessem o ciclo da cultura.
“A alta temperatura mais o déficit hídrico fez com que não houvesse a polinização. Mas mesmo assim ocorreu a formação de vagens, fazendo com que os produtores acreditassem que a produção seria boa. Na época da colheita é que o pessoal começou a ver que o grão não estava enchendo”, relata Dulândula Wruck.
Nos casos com ocorrência macrophomina, a pesquisadora da área de fitopatologia explica que o fungo causador da doença invadiu raízes periféricas que já estavam debilitadas ou mortas devido à falta de água e à dificuldade em descer no perfil do solo. Em condições climáticas normais, este fungo atua como decompositor de tecidos mortos. Devido à falta de chuva, eles passaram a invadir as raízes das plantas de soja.
Entretanto, a pesquisadora ressalta que assim como a mela seca, a macrophomina não foi responsável pela perda de produtividade.
“As doenças são consequência de outros fatores. Se eu tenho um solo descompactado e tenho nutrientes abaixo de 10 cm, a raiz vai descer. Numa situação de veranico essa planta conseguiria suportar melhor do que aquela que só está com a raiz superficial”, explica a pesquisadora.
Impedimento no solo
Com o veranico desta safra, foi a primeira vez que os pesquisadores observaram danos às lavouras causados indiretamente pelo impedimento físico e químico do solo na região médio norte de Mato Grosso. De acordo com o Sílvio Spera, da Embrapa Agrossilvipastoril, é preciso fazer mais pesquisas para saber se a escassez de chuva pode vir a ser recorrente de agora em diante.
Sílvio explica que soluções para problemas decorrentes da pequena espessura da camada cultivada do solo já existem. Ele aponta a escarificação e a utilização de gesso e calagem como forma de reduzir a acidez em camadas mais profundas do solo. Entretanto, é preciso verificar a viabilidade dessas operações, uma vez que ainda não se sabe se o problema dos veranicos será recorrente nos próximos anos.
De acordo com o pesquisador, em curto prazo, uma solução mais viável e barata para o produtor é a utilização de braquiária consorciada com milho.
“Como a braquiária tem um sistema radicular muito profundo e muito agressivo, ela vai facilitar a estruturação do solo nas camadas. Essa é a situação mais barata”, afirma.
De acordo com o relatório da Embrapa, é preciso que mais pesquisas sejam feitas nos próximos anos, de modo a conhecer melhor as consequências dos sistemas de produção praticados em Mato Grosso e a prever os cenários decorrentes da mudança climática. Essas informações serão fundamentais para subsidiar os produtores na busca pela sustentabilidade dos sistemas produtivos.


Cartilhas ensinam como cuidar de suínos desde a granja até os frigoríficos

Cartilhas ensinam como cuidar de suínos desde a granja até os frigoríficos





Cartilhas ensinam como cuidar de suínos desde a granja até os frigoríficos
31/03/16 - 10:42 


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disponibilizou na internet três cartilhas sobre bem-estar na produção de suínos. As publicações abordam o tratamento dos animais nas granjas, o transporte e os processos que devem ser adotados nos frigoríficos. Os textos são de especialistas em suinocultura e podem ajudar os profissionais que trabalham em toda a cadeia produtiva. 
As cartilhas foram elaboradas pela Comissão de Bem-Estar Animal do Mapa em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Embrapa Aves e Suínos e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Uma das publicações ensina os procedimentos que devem ser adotados nas granjas em relação a questões como nutrição, biossegurança e climatização do ambiente. “Outro tema importante é a movimentação e a densidade adequada, isto é, quilos de suíno por metro quadrado. Caso a densidade seja muito elevada, isso pode causar estresse nos suínos e problemas de comportamento, como a agressividade”, diz a coordenadora da Comissão de Bem-Estar Animal do Mapa, Lizie Buss. 
Transporte
O transporte dos animais é tema de outra cartilha. De acordo com Lizie, nela estão os processos de planejamento e preparação do embarque de suínos para reduzir o estresse dos animais. O início do embarque dos animais, segundo a publicação, deve ser pelas baias mais próximas ao embarcadouro, e os grupos conduzidos devem ser pequenos – dois a três suínos por manejador.
terceira cartilha mostra como deve ser feito o desembarque dos animais quando chegam aos frigoríficos, que devem ter estruturas para recebê-los, com higienização das instalações para o abate humanitário.
“O abate humanitário é obrigatório no Brasil e em vários países”, ressalta Lizie. “A competência dos profissionais responsáveis é essencial para o abate. A sociedade deve saber quais os requisitos básicos para um bom abate e como ele deve ser desenvolvido. Além disso, as pessoas precisam buscar saber a origem da carne que compram, evitando consumir produtos clandestinos.”
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015 foram abatidas 39,26 milhões de cabeças de suínos no país.

Oferta pequena de animais para abate

Oferta pequena de animais para abate





Oferta pequena de animais para abate
31/03/16 - 10:39 


Apesar da dificuldade no escoamento da carne, típico do período de final de mês, as cotações estão firmes em São Paulo.
Este cenário é possível devido à dificuldade das indústrias em adquirir animais terminados e às escalas, que estão curtas.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, as programações de abate atendem em torno de três dias.
No panorama geral, as cotações seguem estáveis. Das trinta e uma praças pesquisadas, houve queda em duas e valorização em uma na última quarta-feira (30/3).
No mercado atacadista de carne com osso, o preço do boi casado de animais castrados caiu e ficou cotado em R$9,93/kg.
 

31/03/2016 - 09:00

Com queda nas receitas, Brasil tem déficit primário recorde para fevereiro, de R$23 bi



Marcela Ayres/Reuters


O setor público brasileiro registrou déficit de 23,04 bilhões de reais em fevereiro, maior rombo para o mês da série histórica do Banco Central iniciada em dezembro de 2001, em meio ao cenário de recessão que tem afetado as receitas e dificultado o reequilíbrio das contas públicas do país.

No acumulado do primeiro bimestre, contudo, a economia para pagamento de juros da dívida pública segue positiva em 4,873 bilhões de reais, informou o Banco Central nesta quarta-feira, beneficiada pelo superávit de janeiro, em grande parte afetado pelo ingresso de receitas extraordinárias.

O rombo em fevereiro veio muito acima das expectativas em pesquisa da Reuters, que apontavam para déficit de 10 bilhões de reais. No acumulado em 12 meses, o saldo primário negativo passou a responder por 2,11 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), outro recorde negativo da série.

No mês passado, o governo central (governo federal, BC e Previdência) amargou déficit primário de 26,433 bilhões de reais, enquanto os governos regionais (Estados e municípios) tiveram superávit primário de 2,731 bilhões de reais. As empresas estatais também tiveram resultado positivo, de 662 milhões de reais.

A meta de superávit primário para o setor público consolidado é de 30,6 bilhões de reais em 2016, equivalente a 0,5 por cento do PIB.

Contudo, o Ministério da Fazenda divulgou na semana passada que quer aval do Congresso Nacional para poder registrar déficit primário de até 96,05 bilhões de reais, devido à contínua queda na arrecadação num momento de forte contração econômica.

Se confirmado, este será o terceiro resultado no vermelho consecutivo para as contas públicas. Sem conseguir fazer superávit, a tendência é de deterioração da dívida pública, considerada importante indicador de solvência do país.

Em fevereiro, informou o BC, a dívida bruta subiu a 67,6 por cento do PIB, ante patamar revisado de 67,4 por cento em janeiro. Por sua vez, a dívida líquida foi a 36,8 por cento, acima da expectativa de 36,2 por cento do PIB em pesquisa da Reuters e do patamar também revisado de 35,8 por cento de janeiro.

(Reportagem adicional de Alonso Soto)

31/03/2016 - 09:06

Aeroporto Marechal Rondon pode entrar na lista de próximos leilões de privatização



Da Redação - Viviane Petroli


Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto
Aeroporto Marechal Rondon pode entrar na lista de próximos leilões de privatização
O Aeroporto Internacional Marechal Rondon pode ser incluído na próxima rodada de leilões de privatização de aeroportos. A afirmação é do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Na lista do próximo leilão de aeroportos, previsto para o primeiro semestre de 2016, estão os terminais de Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Fortaleza (CE). Ainda segundo o ministro, no que tange as ferrovias, há estudos prontos para a Ferrogrão, que deverá ser colocada em audiência pública nas próximas semanas para a escolha do melhor modelo de concessão.

A expectativa do Governo Federal é realizar ainda no primeiro semestre de 2016 o leilão para concessão dos aeroportos de Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Fortaleza (CE). O Executivo, segundo o ministro da Fazenda, já trabalha no edital para fazer os ajustes recomendados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).



Além destes quatro aeroportos, Nelson Barbosa, de acordo com publicação do Valor Econômico, outros terminais encontram-se com pedidos de lideranças políticas para futuras concessões. Entre eles, está o Aeroporto Internacional Marechal Rondon. Conforme Barbosa, é preciso antes de levar a leilão avaliar a situação da Infraero, que nos últimos anos tem visto sua receita cair diante a "perda", como destaca a publicação, de ativos para a iniciativa privada.

"Além do aeroporto de Cuiabá, também já há outros pedidos para concessões que podemos incluir na próxima rodada, até quatro aeroportos. Neste momento, estamos em processo de restruturação da Infraero e isso está sendo encarado dentro desse processo - de quais aeroportos continuam ou não com a Infraero", disse Nelson Barbosa, de acordo com o Valor Econômico.

Ferrogrão

Ainda de acordo com Nelson Barbosa, no que diz respeito à concessão de ferrovias para a iniciativa privada há estudos prontos da "Ferrogrão", que ligará Lucas do Rio Verde (MT) a Miritituba (PA). Ele afirma, também, que nas próximas semanas a ferrovia será colocada em audiência pública para a escolha do melhor modelo de concessão.

O ministro da Fazenda destaca que se encontra em discussão se o vencedor do trecho entre Lucas do Rio Verde e Miritituba será aquele que pedir menor tempo de concessão ou ofertar o maior pagamento de outorga à União.

Como o Agro Olhar já destacou, A "Ferrogrão" possui custo estimado em R$ 11,5 bilhões, dos quais 70% financiado pelo BNDES. O trecho é de 930 quilômetros e pode trazer para o agronegócio uma redução de aproximadamente 40% no frete. A proposta da ferrovia foi apresentada pela Amaggi, Cargill, Bunge e Louis Dreyfus no começo de 2014. 

Plantio avança por março e custo assusta

Plantio avança por março e custo assusta





Plantio avança por março e custo assusta
31/03/16 - 10:37 


O plantio do milho safrinha, em Mato Grosso, excedeu em cerca de 30 dias o período da janela ideal, finalizado em 25 de fevereiro. Até o fechamento desse mês, alguns produtores das regiões nordeste e sudeste, por exemplo, se esforçavam para encerrar a semeadura e conseguir alongar o desenvolvimento das lavouras sob o regime de chuvas no Estado.
Além da preocupação com o clima, fator que foi determinante sobre o desempenho da sojicultura 2015/16, os produtores mais atentos começam a observar que mesmo com boas cotações, o ponto de equilíbrio financeiro da safrinha - que considera o custo variável por hectare plantado e a produtividade – não está favorável, o que acarreta em um problema a mais para o decorrer da segunda safra. 
Como explicam os analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a intensificação da pluviosidade no Estado nas últimas semanas segurou o ritmo do plantio. “Até a véspera do feriado da Páscoa, restavam 14 mil hectares para serem cobertos, dos mais de 3,48 milhões de hectares que deverão ser cultivados em 2016”. 
Assim como se observou no ano passado, o produtor está estendendo ao máximo sua janela de semeadura, a fim de otimizar o uso das sementes compradas, e isso com base na confiança de que as condições climáticas serão favoráveis para essas lavouras que foram semeadas nas últimas quatro semanas. “A previsão para os próximos trinta dias, segundo o NOAA, é que haja um regime de chuva em torno de 250 milímetros em média no Estado, volume suficiente para o desenvolvimento das lavouras que foram semeadas fora da janela ideal”, explicam os analistas. 
ATENÇÃO – o indicador Imea finalizou a semana passada com um acréscimo de 3,83%, cotado em média a R$ 29,78. Conforme explicam os analistas, a alta se deve, sobretudo, à escassez do milho no mercado interno. Apesar da alta, bastante significativa quando comparada ao mesmo período de 2015, quando a cotação média foi de R$ 16,46, o momento requer atenção e muita produtividade das lavouras. 
Como chama à atenção o Imea, o ponto de equilíbrio do milho safrinha, considerando um custo variável de R$ 2,25 por hectare (ha) e produtividade de 95,5 sacas/ha, está atualmente em R$ 8,01 acima do preço médio ponderado pelo volume comercializado até fevereiro. “Isso significa que o produtor não está cobrindo seu custo variável, mesmo com preços historicamente elevados. Nesse sentido, otimizar a produtividade é a melhor solução e para isso, mais que nunca o produtor, principalmente aquele que excedeu a janela ideal, conta com o clima favorável durante o período de desenvolvimento das plantas”. 

 

Participação de fêmeas no abate total de bovinos diminuiu em 2015

Participação de fêmeas no abate total de bovinos diminuiu em 2015





Participação de fêmeas no abate total de bovinos diminuiu em 2015
31/03/16 - 10:35 


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado a participação de fêmeas no abate total de bovinos ficou em 38,9%.
Em 2014 a participação de fêmeas foi de 41,8%. Já em 2013, as fêmeas representaram 42,0% do volume total abatido.
A retenção de fêmeas, evidenciado pela menor participação no abate total de bovinos, é em função dos preços elevados do bezerro no mercado brasileiro, que incentiva o criador a manter as fêmeas.


Boi gordo: oferta restrita e escalas curtas

Boi gordo: oferta restrita e escalas curtas





Boi gordo: oferta restrita e escalas curtas
31/03/16 - 10:26 


A oferta de boiadas continua restrita. Muitos pecuaristas estão retendo boiadas à espera de valorizações no preço da arroba, já que as recentes chuvas têm colaborado com a disponibilidade de pastagens. Este fato tem dificultado o alongamento das escalas de abate das indústrias.
Nas praças de Barretos–SP e Araçatuba–SP o boi gordo está cotado em R$155,00/@ e R$156,00/@, à vista, respectivamente. Porém, são comuns negócios acima da referência.
Além disso, alguns frigoríficos estão buscando animais terminados em outros estados na tentativa de reduzir o custo da matéria-prima.
Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria, ocorreram altas de preço em sete e queda em uma nesta terça-feira (29.03).
No mercado atacadista de carne com osso, o boi casado de animais castrados está cotado em R$10,00/kg.

Alojamento regional de pintainhas de postura: relação entre ovos brancos e vermelhos

Alojamento regional de pintainhas de postura: relação entre ovos brancos e vermelhos





Alojamento regional de pintainhas de postura: relação entre ovos brancos e vermelhos
31/03/16 - 10:25 


O acompanhamento mensal efetuado pela ABPA aponta que do total de pintainhas produzidas no Brasil em 2015 – pouco mais de 91 milhões de cabeças – perto de 54% foram alojadas na Região Sudeste.
O segundo maior alojamento coube à Região Nordeste, com 16,3% do total. Na sequência vêm as Regiões Sul (quase 14%), Centro-Oeste (12,16%) e Norte (3,64%).
Quase 80% do volume total alojado esteve representado por pintainhas produtoras de ovos brancos. Mas esse percentual varia significativamente conforme a Região. No Sudeste, sobe para 86% (ou seja, apenas 14% das aves alojadas são produtoras de ovos vermelhos). Já o extremo oposto ocorre na Região Sul, onde as pintainhas produtoras de ovos vermelhos corresponderam a 46,6% do total alojado na Região.