Com queda nas receitas, Brasil tem déficit primário recorde para fevereiro, de R$23 bi
Marcela Ayres/Reuters
O setor público brasileiro registrou déficit de 23,04 bilhões de reais em fevereiro, maior rombo para o mês da série histórica do Banco Central iniciada em dezembro de 2001, em meio ao cenário de recessão que tem afetado as receitas e dificultado o reequilíbrio das contas públicas do país.
No acumulado do primeiro bimestre, contudo, a economia para pagamento de juros da dívida pública segue positiva em 4,873 bilhões de reais, informou o Banco Central nesta quarta-feira, beneficiada pelo superávit de janeiro, em grande parte afetado pelo ingresso de receitas extraordinárias.
O rombo em fevereiro veio muito acima das expectativas em pesquisa da Reuters, que apontavam para déficit de 10 bilhões de reais. No acumulado em 12 meses, o saldo primário negativo passou a responder por 2,11 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), outro recorde negativo da série.
No mês passado, o governo central (governo federal, BC e Previdência) amargou déficit primário de 26,433 bilhões de reais, enquanto os governos regionais (Estados e municípios) tiveram superávit primário de 2,731 bilhões de reais. As empresas estatais também tiveram resultado positivo, de 662 milhões de reais.
A meta de superávit primário para o setor público consolidado é de 30,6 bilhões de reais em 2016, equivalente a 0,5 por cento do PIB.
Contudo, o Ministério da Fazenda divulgou na semana passada que quer aval do Congresso Nacional para poder registrar déficit primário de até 96,05 bilhões de reais, devido à contínua queda na arrecadação num momento de forte contração econômica.
Se confirmado, este será o terceiro resultado no vermelho consecutivo para as contas públicas. Sem conseguir fazer superávit, a tendência é de deterioração da dívida pública, considerada importante indicador de solvência do país.
Em fevereiro, informou o BC, a dívida bruta subiu a 67,6 por cento do PIB, ante patamar revisado de 67,4 por cento em janeiro. Por sua vez, a dívida líquida foi a 36,8 por cento, acima da expectativa de 36,2 por cento do PIB em pesquisa da Reuters e do patamar também revisado de 35,8 por cento de janeiro.
(Reportagem adicional de Alonso Soto)
No acumulado do primeiro bimestre, contudo, a economia para pagamento de juros da dívida pública segue positiva em 4,873 bilhões de reais, informou o Banco Central nesta quarta-feira, beneficiada pelo superávit de janeiro, em grande parte afetado pelo ingresso de receitas extraordinárias.
O rombo em fevereiro veio muito acima das expectativas em pesquisa da Reuters, que apontavam para déficit de 10 bilhões de reais. No acumulado em 12 meses, o saldo primário negativo passou a responder por 2,11 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), outro recorde negativo da série.
No mês passado, o governo central (governo federal, BC e Previdência) amargou déficit primário de 26,433 bilhões de reais, enquanto os governos regionais (Estados e municípios) tiveram superávit primário de 2,731 bilhões de reais. As empresas estatais também tiveram resultado positivo, de 662 milhões de reais.
A meta de superávit primário para o setor público consolidado é de 30,6 bilhões de reais em 2016, equivalente a 0,5 por cento do PIB.
Contudo, o Ministério da Fazenda divulgou na semana passada que quer aval do Congresso Nacional para poder registrar déficit primário de até 96,05 bilhões de reais, devido à contínua queda na arrecadação num momento de forte contração econômica.
Se confirmado, este será o terceiro resultado no vermelho consecutivo para as contas públicas. Sem conseguir fazer superávit, a tendência é de deterioração da dívida pública, considerada importante indicador de solvência do país.
Em fevereiro, informou o BC, a dívida bruta subiu a 67,6 por cento do PIB, ante patamar revisado de 67,4 por cento em janeiro. Por sua vez, a dívida líquida foi a 36,8 por cento, acima da expectativa de 36,2 por cento do PIB em pesquisa da Reuters e do patamar também revisado de 35,8 por cento de janeiro.
(Reportagem adicional de Alonso Soto)
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