Política de crédito agrícola diferenciada é a grande demanda do Nordeste
31/03/16 - 09:57
A Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) encerrou, nesta quarta-feira (30/03), em Natal, (RN), o ciclo de workshops para levantar propostas de aprimoramento para o Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017. As demandas dos produtores de todas as regiões do país e mais MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) foram recebidas e serão compiladas num conjunto de propostas que, em breve, será encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
As maiores expectativas dos produtores da região Nordeste dizem respeito a uma política diferenciada de crédito agrícola para o semiárido nordestino, a garantia de preços mínimos para alguns produtos, acesso a insumos para alimentação animal, como milho e soja, além de seguro agrícola igualmente diferenciado para os produtores da região da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Segundo o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (FAERN) e presidente da Comissão Nacional da Região Nordeste do Brasil da CNA, José Vieira, anfitrião do encontro, é fundamental enxergar a relevância de uma política diferenciada para a região a partir de dificuldades específicas de quem produz no semiárido. “Daí a importância do workshop desta quarta-feira, no qual todos os participantes agregaram valiosas informações a serem incluídas no Plano Safra 2016/2017”, lembrou.
Para o presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), José Mário Schreiner, as reuniões buscaram traduzir os anseios dos produtores das regiões para que se possam atender suas reais necessidades. “Essa iniciativa inovadora vai tornar o Plano Agrícola ainda mais democrático”, disse.
O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, acrescentou que o Nordeste terá um capítulo específico no Plano Agrícola e Pecuário, como é de praxe, pois muitas demandas são específicas e se diferem das demais regiões brasileiras. “A finalidade é captar as diferenças e dificuldades do sistema produtivo. No caso do Nordeste e Norte, que se diferem bastante do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, as questões climáticas e logísticas são as que mais interferem na rentabilidade dos produtores. Por isso, é preciso uma análise mais detalhada a fim de contemplar todas as demandas de forma igualitária”.
Lucchi disse que a expectativa é que o próximo Plano Agrícola e Pecuário contemple de forma abrangente as diversidades brasileiras, a cultura heterogênea do país, além dos vários sistemas produtivos. “Queremos manter essa vantagem competitiva que nós temos, por isso que trabalhamos para valorizar políticas públicas adequadas para cada região”, finalizou.
Agrolink com informações de assessoria
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