Vazio sanitário
Vazio sanitário tem o objetivo de tirar do fungo a oferta de alimento, no caso, o pé de soja
Vazio sanitário da soja começa no sábado (1º) em todo o DF
Por: AGÊNCIA BRASÍLIA
Publicado em 30/06/2017 às 15:58h.
Publicado em 30/06/2017 às 15:58h.
A partir de sábado (1º), produtores de soja do Distrito Federal devem eliminar todas as plantas vivas da cultura — o chamado vazio sanitário. Durante 90 dias, os agricultores estão proibidos de semear ou de manter pés do cultivo.
A medida visa à quebra do ciclo do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática. A doença é a principal causa de perdas na lavoura, uma vez que leva ao amarelecimento precoce de folhas e caule e prejudica o enchimento dos grãos.
A eliminação das plantas pode ocorrer de forma mecânica, como remexer o solo por meio de maquinário ou ao colocar o gado para se alimentar dos pés de soja. O uso de aditivos químicos para morte do cultivo também é uma opção. O impedimento vai até 30 de setembro.
Equipes da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural farão fiscalização em toda a área plantada de soja na última safra. São cerca de 71 mil hectares de lavoura em 200 propriedades em todo o território.
Quem desobedecer à restrição será notificado e está sujeito a multa de R$ 15 mil a R$ 50 mil, além da obrigatoriedade de erradicar as plantas vivas, conforme determina a Lei Distrital nº 4885, de 11 de julho de 2012.
O vazio sanitário tem o objetivo de tirar do fungo a oferta de alimento, no caso, o pé de soja. Além disso, a suspensão do cultivo serve para pôr fim ao microorganismo que estiver presente no ambiente mesmo após a retirada da planta.
Pesquisas mostram que o fungo consegue sobreviver de 55 dias a 60 dias no solo. “Por isso, no DF estabeleceu-se o prazo de 90 dias, tempo superior ao ciclo de vida dele”, conta a gerente de Sanidade Vegetal da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Marília Angarten.
Prevenção protegerá a lavoura na próxima semeadura
Sem ter como se desenvolver, o microorganismo também não produz esporos, unidades de reprodução. “Dessa forma, quando chegar a próxima semeadura, em novembro, a ferrugem asiática não atinge tão fortemente a lavoura”, explica a gerente de Sanidade Vegetal.
Sem ter como se desenvolver, o microorganismo também não produz esporos, unidades de reprodução. “Dessa forma, quando chegar a próxima semeadura, em novembro, a ferrugem asiática não atinge tão fortemente a lavoura”, explica a gerente de Sanidade Vegetal.
Reduzir a incidência de ferrugem asiática resulta também em economia na produção, uma vez que demanda menor aplicação de fungicidas. “O produtor gasta menos com agrotóxicos e tem maior produtividade”, destaca Marília.
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