ANÁLISE
Especialista do setor de registro aponta desincentivo a inovações e à competição
Agroquímicos: “Mercado concentrado asfixia concorrência”
Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
Publicado em 31/07/2017 às 13:38h.
Publicado em 31/07/2017 às 13:38h.
Na avaliação do engenheiro agrônomo e diretor da Consultoria AllierBrasil, Flavio Hirata, o mercado brasileiro de agroquímicos está “altamente concentrado”, e a tendência é que a concentração aumente ainda mais. “A concentração não é somente no fornecimento de produtos, mas também a verticalização: desde o suprimento até as vendas, passando pelo crédito, sementes, distribuição”, aponta.
“Maior a concentração, maior é dependência dos agricultores num mercado monopolista. A concentração e verticalização do mercado, por outro lado, asfixia novos players com a falta de suprimento e acesso ao mercado. Não será surpresa se os mesmos fornecedores de agroquímicos passem a dominar as compras das commodities para exportação”, alerta.
De acordo com Hirata, várias ações podem aprimorar o mercado no sentido de aumentar a competição. “A entrada de novos competidores é benéfica. Estes tendem a trazer produtos mais baratos, haja vista que na sua maioria são empresas da China e da India, ou distribuidores de empresas destes países. É sabido que os preços praticados lá foram são muitas vezes menores que os praticados no Brasil”, justifica.
De acordo com Hirata, várias ações podem aprimorar o mercado no sentido de aumentar a competição. “A entrada de novos competidores é benéfica. Estes tendem a trazer produtos mais baratos, haja vista que na sua maioria são empresas da China e da India, ou distribuidores de empresas destes países. É sabido que os preços praticados lá foram são muitas vezes menores que os praticados no Brasil”, justifica.
Segundo o especialista, um problema para a entrada de novos players é questão dos registros de produtos, que podem chegar a demorar até dez anos: “Como especialista em registro de produtos da AllierBrasil estamos passando por um dos períodos mais críticos nos últimos 30 anos”.
“O mercado brasileiro sempre foi muito fechado, com várias barreiras de proteção ao mercado, não somente no setor de agroquímicos, mas na maioria dos segmento. Estas proteções podem ser um desincentivo a inovações e à competição. Veja o que aconteceu quando houve a abertura do mercado automobilístico. Quem se beneficiou com isto? O benefício foi mútuo e a sociedade ganhou”, sustenta.
“O mercado brasileiro sempre foi muito fechado, com várias barreiras de proteção ao mercado, não somente no setor de agroquímicos, mas na maioria dos segmento. Estas proteções podem ser um desincentivo a inovações e à competição. Veja o que aconteceu quando houve a abertura do mercado automobilístico. Quem se beneficiou com isto? O benefício foi mútuo e a sociedade ganhou”, sustenta.
Ainda: Saiba por que as vendas de agroquímicos travaram no Brasil
O tema será discutido no 10° Brasil AgrochemShow que a AllierBrasil está organizando junto com o CCPIT (Conselho Chinês para Promoção do Comércio Internacional, na sigla em inglês), nos dias 15 e 16 de agosto em São Paulo. São esperados mais de 100 representantes de empresas da China e Índia, além de mais de 200 representantes da América Latina e do Brasil.
O tema será discutido no 10° Brasil AgrochemShow que a AllierBrasil está organizando junto com o CCPIT (Conselho Chinês para Promoção do Comércio Internacional, na sigla em inglês), nos dias 15 e 16 de agosto em São Paulo. São esperados mais de 100 representantes de empresas da China e Índia, além de mais de 200 representantes da América Latina e do Brasil.
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