quinta-feira, 27 de julho de 2017

Cotações do milho em Chicago igualmente recuaram


Milho

Cotações do milho em Chicago igualmente recuaram


Na Argentina a tonelada FOB ficou em US$ 149,00 e no Paraguai subiu para US$ 100,00
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Publicado em 27/07/2017 às 20:50h.
As cotações do milho em Chicago igualmente recuaram um pouco durante esta última semana de julho, com o fechamento do dia 27 (quinta-feira) registrando US$ 3,74/bushel para o primeiro mês cotado. Na semana anterior o valor havia sido de US$ 3,91.
Este comportamento se deve ao retorno das chuvas no Meio Oeste estadunidense, embora ainda em níveis insuficientes. Mas a previsão de novas chuvas e clima ameno em agosto dá menos firmeza ao mercado nesta virada de mês.
Por enquanto, as condições das lavouras, medidas antes do retorno das chuvas, indicaram um recuo no percentual entre boas a excelentes, com o mesmo ficando em 62% até o dia 23/07, contra 64% uma semana antes. Entretanto, o mercado começa a desconfiar de que tais cortes, inclusive na soja, estão muito altos em relação ao que aparece realmente nas lavouras. Ou seja, se esta desconfiança se confirmar, a safra estadunidense poderá trazer surpresas baixistas no próximo mês.
Pelo lado das exportações de milho, por parte dos EUA, não houve surpresas, com o volume na semana anterior indicando 935.000 toneladas.
O mercado continuará muito volátil nas próximas semanas, centrado no clima e no próximo relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para o dia 10/08.
Na Argentina a tonelada FOB ficou em US$ 149,00 e no Paraguai subiu para US$ 100,00.
No Brasil, os preços do milho continuaram estáveis, com o saco do produto negociado no balcão gaúcho a R$ 22,24 na média da semana. Já os lotes ficaram entre R$ 26,50 e R$ 27,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 12,50/saco em Sorriso (MT) e R$ 28,00/saco em Videira (SC).
Por sua vez, o mercado paulista viu o volume ofertado aumentar durante a semana, diante do menor estoque disponível junto aos consumidores locais. Os negócios se dão majoritariamente no mercado interno já que o Real valorizado impede preços competitivos na exportação. Assim, no interior de São Paulo houve negócios ao redor de R$ 23,00 a R$ 23,50/saco, enquanto o referencial Campinas trabalhou entre R$ 26,00 e R$ 27,00/saco CIF no disponível.
Em Goiás, o mercado vai mantendo os preços entre R$ 18,00 e R$ 19,00/saco, enquanto as tradings indicam valores ao redor de R$ 17,50/saco para agosto/setembro (cf. Safras & Mercado).
No geral o viés continua sendo baixista para o milho nacional diante da forte entrada da safrinha e de exportações muito baixas. Por enquanto, as tradings continuam a manter os preços no porto entre R$ 26,50 e R$ 27,00/saco, para embarques apenas após agosto. Como já destacado na semana passada, em os preços no mercado interno se mantendo melhores do que no porto, as vendas continuarão pressionando o mercado local e os preços tendem a ceder mais (cf. Safras & Mercado).
Neste contexto, vale destacar que a Secex apontou embarques em julho (até o início da última semana do mês) em 1,47 milhão de toneladas, enquanto o indicativo nos portos dá conta de 1,85 milhão de toneladas já embarcadas neste mês. Pelo sim ou pelo não, volumes muito distantes dos 5 milhões mensais necessários para desovar os enormes estoques de milho que estão se constituindo a partir da colheita da safrinha. E até setembro não se espera mudanças neste cenário.
Assim, uma recuperação nos preços internos do milho está na dependência de uma substancial retomada das exportações, as quais não encontram estímulo diante da nova valorização do Real, passado os efeitos do anúncio do escândalo JBS-presidente Temer.
Vale ainda destacar que Safras & Mercado reviu sua estimativa para a safrinha de milho deste ano e o volume final da mesma, no Centro-Sul brasileiro, chega agora a 69,7 milhões de toneladas, contra 44,7 milhões no ano anterior. Ou seja, o acréscimo na produção do corrente ano é de 25 milhões de toneladas. Deste total, o Mato Grosso comparecerá com 27 milhões e o Paraná com 15,9 milhões de toneladas. Ou seja, estes dois estados representam 61,5% de toda a safrinha atualmente produzida no país. Por outro lado, a colheita da safrinha, no Centro-Sul brasileiro, chegava a 41% até o dia 21/07, contra 56% no mesmo período do ano passado.
Enfim, a Conab realizaria novos leilões de Pepro e de Pep neste dia 27/07, ofertando 60.000 toneladas em Pep e 692.000 toneladas em Pepro.

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