Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago seguem recuando na tarde desta segunda-feira (31), ainda em um movimento de realização de lucros. As cotações perdiam, por volta de 12h50 (horário de Brasília), pouco mais de 9 pontos, com o novembro/17 ainda acima dos US$ 10 por bushel, sendo cotado a US$ 10,04.
Além do fechamento de mês - provocando vendas de posições por partes dos fundos de investimento - as divergências que continuam a ser observadas entre as previsões climáticas para o Meio-Oeste dos EUA também ajudam a pressionar as cotações, segundo explicam analistas internacionais. E amanhã se inicia o mês mais importante para a cultura da soja no país.
"Diante da incerteza climática que os próprios modelos apresentam, embora estejam em melhor sintonia agora, é muito provável que a volatilidade com fortes oscilações nos preços continuem acontecendo?", explica o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa.
Ainda nesta segunda, o mercado se prepara também para receber o novo reporte semanal de acompanhamento de safras que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz hoje, às 17h (horário de Brasília), após o encerramento do pregão na CBOT. As expectativas são de uma nova redução no índice de boas ou excelentes condições de até 2 pontos percentuais em relação aos atuais 57%.
O foco dos traders neste momento, ao lado do cenário climático e do desenvolvimento das lavouras, nos números de produtividade para a soja e o milho nos Estados Unidos. No próximo dia 10, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo reporte mensal de oferta e demanda e as expectativas são de que possa haver uma correção para baixo nas estimativas de rendimento do órgão.
Leia mais sobre os impactos do clima nos preços e mais detalhes sobre as previsões para os próximos dias, com mapas atualizados:
Preços nos Portos
O dia é, ao mesmo tempo, de instabilidade do dólar frente ao real e acaba por não compensar as baixas de Chicago na formação dos preços da soja no Brasil. Por volta de 13h15 (Brasília), a moeda subia tímidos 0,03% para R$ 3,135.
Assim, no porto de Paranaguá, a oleaginosa disponível ainda via suas referências trabalhando nos conhecido intervalo dos R$ 71,50 e R$ 72,50 por saca. O recuo intenso no cenário internacional e mais essa reação no mercado nacional deixava os negócios ainda lentos neste início de semana.
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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas
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