quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Confira a entrevista com Sebastian Gavalda - Diretor da Globaltecnos (Argentina)

Publicado em 29/11/2017 17:36



Confira a entrevista com Sebastian Gavalda - Diretor da Globaltecnos (Argentina)
Confira a entrevista com Sebastian Gavalda - Diretor da Globaltecnos (Argentina)
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Sebastian Gavalda, diretor da Globaltecnos Argentina, conversou com o Notícias Agrícolas sobre as tendências em torno da safra de soja na Argentina, que se encontra em uma dualidade climática neste momento.
Para Gavalda, a situação vivida pelo país é bastante "rara". Anteriormente, os excessos hídricos atingiram regiões importantes para a produção, como o noroeste de Buenos Aires, o sul de Santa Fe, o sul de Córdoba e o norte de La Pampa. Esta situação levou a uma estimativa de queda de área para o plantio - segundo o Ministério da Agroindústria, a soja deve ter 1 milhão de hectares a menos no país.
Nos últimos 30 dias, as chuvas foram muito escassas em boa parte da Argentina. Este fator foi bom por um lado: esses 1 milhão de hectares perdidos começaram a secar e podem ficar disponíveis para o plantio. Por outro, a falta de chuvas paralisa o plantio de soja porque os primeiros centímetros do solo, embora haja uma boa reserva hídrica nas camadas mais profundas, não têm umidade. Ou seja: os argentinos não estão esperando grandes volumes e, sim, alguns milímetros para continuar o plantio.
O plantio, neste momento, está cerca de 15% abaixo da média. A província que enfrenta os maiores problemas é Córdoba, devido a uma maior escassez de chuvas. Ainda há tempo para plantar, entretanto, embora o rendimento, a cada dia que passa, corra o risco de ficar menor.
No final de novembro, a situação ainda não é considerada grave. Segundo o diretor, se não voltar a chover em 30 dias, a Argentina poderá começar a falar em perda de perda de produção por queda de área. Ele lembra, ainda, que o fator La Niña, que diminui as chuvas no país, pode estar presente.
A Argentina conta com dois plantios de soja: o primeiro que, dependendo da zona, começa em outubro e vai até o final de novembro e o segundo, após o trigo, que ocupa os meses de dezembro e janeiro.
Gavalda destaca que é difícil estimar perdas neste momento, já que não há nada consolidado. "Estamos no meio do caminho para dizer algo concreto", apontou o diretor.
Tendo em vista que o mercado internacional precifica um excesso de produção de soja a nível global, ele acredita que apenas um problema muito complicado para a Argentina seria suficiente para mexer com as cotações em níveis expressivos.
Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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