quinta-feira, 29 de março de 2018

Apetite chinês mantém preço da soja valorizado no Brasil

MERCADO FÍSICO

Apetite chinês mantém preço da soja valorizado no Brasil


Colheita no país segue em ritmo normal
Por:  -Leonardo Gottems 
Publicado em 29/03/2018 às 11:01h.

As cotações da soja tiveram nesta quarta-feira (28.03) mais um dia de altas no mercado físico brasileiro, consolidando um movimento de total descolamento da Bolsa de Chicago (CBOT). Foram registrados aumentos de preços acima de 1% em praças do interior do País, enquanto nos portos brasileiros os valores permaneceram praticamente inalterados – porém em patamares elevados.
De acordo com a Consultoria AgResource, as ofertas físicas no Brasil têm se mantido em níveis estáticos para a maioria do País: “A demanda por soja brasileira conti­nua aquecida, com a China sendo uma grande compradora no principal período de exportação sul-americana. No atual momento é sazonal e comum a concentração de demanda pelo grão de soja brasileiro. Além do mais, a colheita no país segue em ritmo normal. Até o momento, foi colhido 72,8% da safra no Brasil, contra 82,1% em 2017 e 77,6% da média dos últimos 5 anos, quando comparado ao mesmo período”. 
CLIMA
De acordo com os mapas climáticos analisados pela AgResource, as previsões climáticas atualizadas não trazem grandes variações das leituras passadas: “A massa de ar quente de alta pressão continua estacio­nada sobre Minas Gerais, Goiás, São Paulo e toda a principal região do MATOPIBA. No entanto este padrão perde forças por volta do dia 6 de abril, dando espaço para a chegada de chuvas expressivas que voltam a fa­vorecer o progresso da safrinha em algumas regiões e o desenvolvimento final da soja do MATOPIBA”. 
“Para o Sul do Brasil, as melhores chances de precipitações são confinadas dentro dos próximos 5 dias. Para além do dia 6-7 de abril, a chegada de chuvas se concentra sobre o Centro-Norte brasileiro, evitando a região Sul do país. Na Argentina, o cenário conti­nua árido por mais 15 dias, sem grandes mudanças meteorológicas. Por um lado, tal padrão será favorável para o progresso da colheita no país”, concluem os analistas da ARC. 

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