terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Soja devolve últimas altas e opera em queda nesta 3ª feira na Bolsa de Chicago



As cotações, por volta de 8h (horário de Brasília), perdiam entre 4,25 e 4,75 pontos, com o maio cotado a US$ 9,20 por bushel


Os futuros da soja recuam nesta terça-feira (26) na Bolsa de Chicago, após bater em suas máximas em duas semanas na sessão anterior. As cotações, por volta de 8h (horário de Brasília), perdiam entre 4,25 e 4,75 pontos, com o maio cotado a US$ 9,20 por bushel.
Segundo explicam analistas e consultores internacionais, o mercado realiza lucros e ainda espera pelas confirmações das notícias que chegaram, nos últimos dias, sobre a melhora nas relações comerciais entre China e Estados Unidos.
Embora as informações sejam positivas, a falta de confirmação ainda mantém o mercado cauteloso, sem força para definir uma nova tendência de alta para os preços. Além disso, há ainda preocupações na disputa entre chineses e americanos sobre a questão da propriedade intelectual, que é o ponto mais polêmico da guerra que há tempos já deixou de ser comercial.
Os olhos dos traders também se voltam, em partes, para a conclusão da safra da América do Sul, que tem mais de 48% da área colhida no Brasil e, na Argentina, atenta às condições de clima para o desenvolvimento completo das lavouras.
Do mesmo modo, o avanço da peste suína na China e alguns outros países, como o Vietnã, também exige acompanhamento e atenção. Os impactos sobre essa situação, porém, parece ainda não ter chegado aos preços em Chicago.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Soja: Cauteloso, mercado em Chicago espera confirmações e fecha com leves altas nesta 2ª
Na Bolsa de Chicago, o dia foi positivo para os preços da soja nesta segunda-feira (25). Apesar de as cotações terem reduzido de forma significativa as altas para terminarem o dia subindo entre 0,25 e 1 ponto entre os vencimentos mais negociados, fecharam o pregão em alta.
O contrato maio/19 ficou nos US$ 9,24 por bushel, enquanto o agosto, que chegou a superar os US$ 9,50 ao longo do dia, encerrou os negócios com US$ 9,43 nesta primeira sessão da semana.
A proximidade maior de um acordo entre China e Estados Unidos começa a dar, novamente, algum suporte às cotações, que alcançaram suas mínimas em duas semanas e meia, e novas notícias - e mais otimistas neste momento - voltam a ser combustível para os preços no mercado internacional. Entretanto, assim como das outras vezes, as confirmações são necessárias para traders ainda muito cautelosos, evitando especulações agressivas em Chicago.
Na última semana, as novas rodadas de conversa foram, segundo membros de ambas as delegações, bastante produtivas, o suficiente para fazer o presidente americano Donald Trump informar que irá estender o período de trégua com os chineses para aumentar as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos da nação asiática.
Além disso, a China se comprometeu ainda em comprar adicionais 10 milhões de soja dos EUA e essa também foi uma informação bastante forte para o mercado nos últimos dias. A compra seria um dos bons resultados da reunião da última sexta-feira (22) de Trump com o vice-premier chinês Liu He, em Washington.
O que limitou as cotações e arrefeceu o ritmo do avanço também foi o tom negativo adotado pelas demais commodities agrícolas - os futuros do trigo perderam mais de 3% e puxaram não só a oleaginosa, mas também o milho no mercado futuro norte-americano.
Nesse contexto, as informações sobre a nova safra dos Estados Unidos - prevista pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) - e a conclusão da safra atual na América do Sul acabam perdendo espaço entre os radares dos traders no mercado internacional.
De acordo com informações da AgRural, a colheita brasileira da soja está concluída em 48% da área.
O mesmo aconteceu com os bons números dos embarques semanais reportados nesta segunda-feira pelo departamento americano. Apesar de virem acima do esperado, pouco influenciaram o andamento das cotações em Chicago.
Na semana encerrada em 21 de fevereiro, os EUA embarcaram 1.307,350 milhão de toneladas de soja, contra pouco mais de 1,08 milhão da semana anterior e frente às projeções que variavam de 900 mil a 1,12 milhão de toneladas. Em toda a temporada, o país já tem 25.036,623 milhões de toneladas embarcadas, contra mais de 37 milhões do ano passado, nesse mesmo período.
Mercado Brasileiro
As altas no mercado internacional motivaram algum ganho para os preços no Brasil, ajudando a neutralizar o dólar em queda neste início de semana. Nos portos, os ganhos ficaram entre 0,25% e 0,38% nas principais referências.
Em Paranaguá, R$ 79,30 no spot e R$ 79,80 no março, enquanto em Rio Grande esse valores ficaram em R$ 78,30 e R$ 79,00 por saca, respectivamente.
No interior, as altas foram pontuais e um pouco mais intensas, chegando a 1,99% em Ponta Grossa, no Paraná, com a saca encerrando o dia em R$ 77,00. No entanto, baixas pontuais também foram realizadas e marcaram até 3,23% em Sorriso/MT, onde a saca ficou em R$ 60,00.


Data de Publicação: 26/02/2019 às 10:10hs
Fonte: Notícias Agrícolas


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