A.Latina e Caribe avançam na agenda regional para desenvolvimento após 2015

Bogotá, 9 mar (EFE).- Especialistas e funcionários de 30 países da América Latina e do Caribe concluíram neste sábado, em Bogotá, uma conferência auspiciada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) para que a região discutisse suas próprias necessidades e propostas que serão elaboradas em uma agenda global de desenvolvimento a partir de 2015. Em pouco mais de dois anos, termina o prazo de cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) que a comunidade internacional definiu em 2000. As Nações Unidas desenvolvem uma viagem por cada região para avaliar o desempenho e consultar quais devem ser as metas do futuro. Na conferência de três dias, os participantes dialogaram e coincidiram em que a agenda de desenvolvimento posterior a 2015 deve ser "global, unificada, integral e equitativa", segundo um comunicado da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgado em Bogotá. A secretária-geral da Cepal, Alicia Bárcena, destacou no encerramento da reunião "o valor" da troca de reflexões particulares e considerou que a região vive "uma época de unidade regional sem precedentes" e "uma oportunidade histórica de repensar juntos o paradigma do desenvolvimento com a igualdade no centro". Por sua vez, o chanceler do Brasil, Antonio Patriota, ressaltou o peso que ganharam nos últimos anos as discussões sobre o desenvolvimento sustentável, o que considerou uma boa contribuição à futura agenda. E a ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Ángela Holguín, confiou na contribuição da reunião para o painel de Grupo de Alto Nível de 26 Pessoas Eminentes que a ONU designou neste ano para a formulação do marco que suprirá os ODM. "Este encontro latino-americano e do Caribe marcou uma pauta decisiva como insumo para as deliberações do Painel de Alto Nível do secretário-geral das Nações Unidas", Ban Ki-moon, disse. A Cepal apresentou o relatório preliminar "Desenvolvimento Sustentável na América Latina e no Caribe: acompanhamento da agenda para o desenvolvimento posterior a 2015 e Rio+20", que insiste na necessidade de fazer uma mudança estrutural do sistema