segunda-feira, 25 de março de 2013

Senadora gaúcha critica estado ruim de rodovia em Mato Grosso

Senadora gaúcha critica estado ruim de rodovia em Mato Grosso 25/03/2013 16:15 A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), membro da Comissão de Agricultura no Congresso, comenta o assunto, voltou a cobrar o governo federal que seja priorizada a logística para que o setor agrícola deixe de ter prejuízos consideráveis. O setor de agronegócio é responsável por um terço das riquezas geradas pelo país. Com 80% das cargas transportadas em rodovias, em sua maioria sem acostamento e esburacadas, a competitividade do setor é posta em risco. "Eu que andei na 364 (rodovia) lá em Mato Grosso, lá em Rondônia, é uma coisa vergonhosa a situação dessas estradas. Eu não sei como é que os agricultores brasileiros ainda têm coragem de continuar produzindo nas condições que nós temos hoje. Talvez porque tenham paciência para um dia imaginar que as coisas vão melhorar", criticou a senadora. " Nós estamos aqui brigando, discutindo essa Medida Provisória dos Portos e outras questões relacionadas a isso. Nós votamos emendas do orçamento para armazenagem, para melhoria genética, para Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Só que o dinheiro fica contingenciado pelo governo e não libera. A maior parte das emendas são estradas e isso ajudaria muito a melhorar os custos para a produção – argumenta a senadora. Pela BR-364 é escoada grande parte da safra agrícola dos municípios do Médio Norte e Nortão de Mato Grosso com destino aos portos de Santos (SP) e Paranguá (PR). O deputado Celso Maldaner (PMDB-SC), integrante da Frente Parlamentar de Ferrovias, cobra do governo federal apoio a uma política de armazenagem nas fazendas para que o escoamento dos grãos nas rodovias não se concentre na hora da colheita. "Nós não temos armazéns suficientes. Outra grande prioridade agora é fazer um investimento com taxas diferenciadas. Estamos cobrando do Ministério da Fazenda uma taxa diferenciada no máximo 3% de juros ao ano, com 15 a 18 anos de prazo, com três anos de carência para que a gente possa, a curto prazo, construir armazéns. Quando falo em curto prazo é em um ano ou dois", diz Maldaner. " Nosso custo é muito alto por falta de ferrovias, por falta de hidrovias, por falta de infraestrutura nos portos. Esperamos que o Congresso, em conjunto com o governo federal, procurando empreendedores externos, possa fazer frente a essa falta de infraestrutura. A curto prazo, infelizmente, vamos sofrer muito ainda porque, em cima de caminhões só de rodovias, nós não podemos ser competitivos", acrescentou. O deputado federal Raimundo Gomes de Matos, ex-presidente da Comissão de Agricultura, afirma que, além da produção, é necessário poder contar com infraestrutura para que o país se desenvolva. "Hoje, no Nordeste, não se tem milho porque não se tem carretas suficientes para transportar esse milho. Não se tem milho porque não se tem armazém. Isso para socorrer aquele pequeno agricultor que precisa de milho da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) por causa da estiagem. Então, é um caos logístico. Uma missão de parlamentares vai viajar para a China no mês que vem na tentativa de atrair investimentos externos para melhorar a infraestrutura no país". Entre as prioridades do Congresso Nacional, está a aprovação da MP dos Portos, que pretende ampliar o número de terminais com capital privado.Para Matos, ex-presidente da Comissão de Agricultura, também é dever do Congresso pressionar e cobrar do governo ações efetivas para alavancar a logística no país. Fonte: Só Notícias/Agronotícias com Canal Rural

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