quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

30/12/2015 - 11:33

Pecuária em Mato Grosso acredita em 2016 positivo com liberação de novos mercados



Da Redação - Viviane Petroli


Foto: José Medeiros/GCom-MT
Pecuária em Mato Grosso acredita em 2016 positivo com liberação de novos mercados
O ano de 2015 para a pecuária foi positivo em termos de recuperação do valor pago aos produtores em relação a 2014. A arroba do boi gordo em 2015 chegou a picos de R$ 134,14 em média, como o constatado em maio. Um dos motivos foi à falta de animais destinados para o abate, o que levou sete unidades frigoríficas a encerrar as atividades somente neste ano. A expectativa é que 2016 seja um ano positivo para o setor à medida que o Brasil consiga a abertura de novos mercados.

Levantamento realizado pelo Agro Olhar, revela que a arroba do boi gordo (15 quilos) em Mato Grosso encerra 2015 na casa dos R$ 126,68, montante levemente inferior aos R$ 128,12 constatados em média no mês de dezembro de 2014.

O estado abateu 4,29 milhões de cabeças até o mês de novembro, forte queda de 15% em relação ao ano anterior, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).



"Os efeitos do ciclo pecuário foram evidentes este ano, já que o abate recorde de fêmeas no passado limitou a oferta de reposição em 2014 e 2015, o que, consequentemente, elevou seu preço e estimulou a retenção de matrizes. Para se ter uma ideia, em 2015 o preço do bezerro desmama aumentou 26,6% e o abate de fêmeas diminuiu 21,5%", comenta o Imea.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José Bernardes, frisa que 2015 foi um ano positivo para a pecuária mato-grossense diante a recuperação de preços. “Acreditamos que 2016 venha a ser positivo para o setor à medida que o Brasil consiga a liberação de novos mercados”.

Em 2015 um dos mercados liberados foi o Japão, após por fim ao embargo de embarques de carne para o país asiático estava em vigor desde 2012.

Questionado sobre um possível aumento da demanda com as exportações, o presidente da Acrimat destacou que o setor “não está preocupado com isso”. “A abertura de mercados possibilitará um aumento da demanda de carne do Brasil. Mesmo que essa carne não saia de Mato Grosso, seremos nós a suprir as demandas do mercado interno”.

De acordo com o Imea, o mercado interno (Brasil) é responsável por 74,8% da demanda da produção de carne bovina de Mato Grosso.

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