29/12/15 - 11:55
Após cinco temporadas consecutivas com superávit na oferta mundial de açúcar, as projeções para a safra 2015/16 indicam mudança de cenário, baseada em menores produção e estoques globais.
Essa perspectiva aliada ao Real desvalorizado e a uma temporada brasileira novamente mais alcooleira devem favorecer os preços internos do açúcar em 2016, que apresentam altas desde o segundo semestre deste ano.
Embora exista consenso quanto a déficit entre as consultorias, a magnitude ainda se apresenta bastante variável, entre 2,5 milhões e 8,2 milhões de toneladas.
A Organização Internacional do Açúcar (OIA), por exemplo, prevê déficit mundial de 3,53 milhões de toneladas.
Entre os fundamentos das projeções estão aumento nos custos de produção da commodity, a baixa nos preços mundiais, fatores climáticos e demanda global recorde por açúcar.
No Brasil, o fenômeno El Niño já aumentou o volume de chuvas no Centro-Sul e o reduziu na região Nordeste.
Isso vem atrasando o término da safra (normalmente de abril a novembro) no Centro-Sul, comprometendo pontualmente a oferta.
Algumas usinas consultadas pelo Cepea sinalizam que devem encerrar a moagem apenas em janeiro/2016, enquanto outras planejam mesmo emendar a colheita das duas temporadas (2016/17).
Isso pode aliviar um pouco os efeitos de um maior direcionamento da cana para etanol e reduzir a pressão altista sobre os preços.
As precipitações podem ser benéficas para a safra 2016/17 do Centro-Sul, que pode começar em março de 2016.
Consultorias têm indicado que, em face da expectativa de aumento da produção na região Centro-Sul, algumas usinas já teriam, em dezembro, fixado os preços de um volume maior de açúcar que em mesmo período do ano passado.
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