Para governo, alta do mínimo terá impacto de R$ 51,5 bilhões na renda
Cálculo foi apresentado nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho.
Reajuste do salário mínimo para R$ 880 foi anunciado pelo Planalto.
O reajuste para R$ 880 no valor do salário mínimo, que entrará em vigor a partir de janeiro do ano que vem, com pagamento em fevereiro, representará o incremento de R$ 51,5 bilhões na renda dos trabalhadores, com impacto na economia, informou o Ministério do Trabalho nesta terça-feira (29).
Atualmente, o salário mínimo é de R$ 788. O novo valor representa um reajuste de 11,6%. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é de 10,28% no acumulado de 2015 até novembro e de 10,97% no acumulado dos últimos 12 meses.
De acordo com o ministro do Trabalho e da Previdência Social, o Brasil é um dos poucos países que assegura a valorização do salário mínimo. "Diante do cenário econômico adverso que enfrentamos hoje, essa é uma boa notícia para começar o ano. O governo federal continuará investindo na valorização do salário mínimo nos próximos anos, uma condição importante para a retomada do crescimento na economia", declarou ele."Isso representa uma melhoria da renda de 48 milhões de brasileiros e brasileiras. Significa ampliação de mercado, qualidade de vida, desenvolvimento econômico a partir da dinamização dessa renda na economia brasileira", declarou o ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto. Segundo ele, 21 milhões de aposentados e pensionistas recebem o salário mínimo e terão os valores dos benefícios atualizados.
Como é feito o cálculo?
O valor foi alterado porque é atualizado com base nos parâmetros estabelecidos para sua correção – crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes e inflação do ano anterior medida pelo INPC, índice que reflete a alta de preços para famílias com renda entre um e cinco salários mínimos. Essa regra vale até 2019.
O valor foi alterado porque é atualizado com base nos parâmetros estabelecidos para sua correção – crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes e inflação do ano anterior medida pelo INPC, índice que reflete a alta de preços para famílias com renda entre um e cinco salários mínimos. Essa regra vale até 2019.
Em agosto, quando enviou a proposta de Orçamento de 2016 ao Congresso Nacional, o governo previa uma elevação do mínimo para R$ R$ 865,50. No último dia 17, o Congresso aprovou a previsão era R$ 870,99.
Previsões iniciais
Em 2012, quando enviou a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013, o governo previa que o salário mínimo superasse a barreira dos R$ 800 já em 2015.
Em 2012, quando enviou a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013, o governo previa que o salário mínimo superasse a barreira dos R$ 800 já em 2015.
Mas o crescimento do PIB ficou abaixo do que o governo esperava na ocasião, o que resultou em uma alta menor do mínimo.
Em abril de 2013, na proposta da LDO do ano seguinte, o governo previa que o salário mínimo somaria R$ 849,78 em 2016. Em março do ano passado, na proposta da LDO de 2015, a estimativa do Executivo para o valor do mínimo de 2016 já havia recuado para R$ 839,24.
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