sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Surto de influenza aviária pode aumentar exportações de frango do Brasil

Surto de influenza aviária pode aumentar exportações de frango do Brasil






Surto de influenza aviária pode aumentar exportações de frango do Brasil
29/01/16 - 09:18

 
A produção, abate e processamento da carne de frango no Brasil exibem trajetória de contínuo crescimento, tanto em quantidade, quanto em excelência de produto e processo. Tal desempenho tem possibilitado a conquista dos mais exigentes mercados internacionais. Atualmente, o País ocupa a primeira posição nas exportações mundiais e terceira na produção global. Qualidade, produtividade, sanidade e competitividade, atuando conjuntamente, contribuem na liderança conquistada, induzindo constante busca pela modernização e tecnificação, ressalta a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta).
Ainda que as exportações de carne de frango brasileiras apresentem invejável desempenho, situa-se no mercado interno a parcela mais importante de absorção de sua oferta. Aliás, foi justamente a dimensão da demanda doméstica que propiciou robustez para que o segmento se arvorasse internacionalmente. “Entre os consumidores, a crescente aceitação da carne de frango permitiu que essa proteína assumisse a liderança no cardápio da mesa dos brasileiros. Em 2014, por exemplo, o consumo per capita de frango foi de 41,80 kg, suplantando as carnes bovina e suína”, afirmam Celso Vegro e Maximiliano Miura, pesquisadores do IEA.
Presente em todo território, a avicultura brasileira destaca-se nas regiões Sul e Sudeste. Os principais Estados produtores são Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. A razão para essa concentração da produção decorre da proximidade para com os mercados consumidores dessa proteína de elevado valor agregado, associada à razoável oferta de insumos estratégicos (grãos empregados na elaboração das rações).
Diante destes elementos, pode-se vislumbrar que a trajetória desse segmento permaneça sendo de crescimento. Mesmo considerando que o mercado interno se aproxima da saturação, existem amplos espaços para agregar novos clientes internacionais. O comércio internacional de carne de frango é dinâmico e   o Brasil lidera esse mercado, exibindo taxas de crescimento das vendas bastante expressivas. Liderança que decorre do reconhecimento dos padrões de sanidade, qualidade, organização do negócio (integração/contratos) e sustentabilidade dessa produção características do produto nacional.
A disseminação do surto de influenza aviária nos EUA e Países Asiáticos levou seus principais clientes a arrefecerem suas compras que, em busca de fontes alternativas de suprimento, encontraram no Brasil um provedor confiável. Em 2015 (janeiro a setembro), entre os dez maiores destinos dos embarques estadunidenses, o produto brasileiro teve expansão de 12,62% em quantidade e 4,6% em valor.
A depender de quanto os fornecedores brasileiros atuarão com esses novos clientes internacionais, pode-se esperar a consolidação dessa demanda adicional, substituindo definitivamente a carne de frango estadunidense. Fator adicional que se soma a essa possibilidade consiste na grande variação cambial ocorrida na economia brasileira, tornando o produto ainda mais competitivo.
De acordo com o secretário de Agricultura, Arnaldo Jardim, o trabalho que vem sendo realizado pela Secretaria de Agricultura na prevenção à influenza aviária, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e as ações do Instituto Biológico (IB) têm sido de fundamental importância para evitar focos da doença em território paulista, ampliando a confiança do mercado internacional no produto paulista e brasileiro. “ As ações realizadas, que se refletem neste estudo, estão dentro das determinações do governador Geraldo Alckmin, para que sejam mantida a sanidade do rebanho e, por consequência, a saudabilidade dos alimentos”, destacou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário