Após um ano de quebra, os produtores de milho em Mato Grosso não devem ter vida fácil no próximo ano-safra. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), é esperado um custo total de R$ 2.719,26/ha para a safra 2016/17. Caso se confirme, será o maior custo já visto na série histórica do instituto e 6,48% acima da safra 15/16.
O instituto destaca que os produtores de milho do Estado devem ficar alertas. Isso porque, apesar das perspectivas positivas de produção de 25,04 milhões de toneladas para 2017, o preço da paridade de exportação para julho/17 em Mato Grosso tem apresentado valores não satisfatórios, trabalhando em média a R$ 11,46/saca.
De acordo com o Imea, o dólar continua sendo uma incógnita, e as ações político-econômicas do Brasil, além das novas “tomadas de decisões” do governo dos Estados Unidos, eleito em novembro, são fatores que podem influenciar na oscilação do câmbio. “Com isso, os produtores devem ficar atentos para as melhores oportunidades de venda do cereal, conseguindo assim uma melhor rentabilidade do seu sistema, já que os custos estão elevados”.
O instituto finaliza apontando que, mesmo com estes fatores, os produtores estão esperançosos quanto à safra 16/17, devido às melhores condições climáticas, o que fez aumentar a expectativa da área cultivada do cereal em 4,13% ante a safra 15/16, sendo estimada em 4,42 milhões de hectares. “Mesmo com a melhora para a produção do Estado, ainda se deve manter a mesma palavra do ano de 2016, ‘atenção’, que pode definir o ganho do produtor neste ano”.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias (foto: Só Notícias/Luiz Ornaghi/arquivo)
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