Parceria entre PM e agricultores melhora segurança no campo em GO
Drone é usado para fazer o patrulhamento das propriedades na zona rural de Catalão, no sul de Goiás.
A tecnologia está ajudando agricultores do sul de Goiás a enfrentarem a violência no campo. Uma parceria com a Polícia Militar melhorou o combate ao crime e os resultados já começam a aparecer.
O material guardado nos galpões das fazendas desperta a cobiça dos bandidos: defensivos agrícolas caros usados na lavoura e maquinários que valem mais de R$ 1 milhão.
O material guardado nos galpões das fazendas desperta a cobiça dos bandidos: defensivos agrícolas caros usados na lavoura e maquinários que valem mais de R$ 1 milhão.
"Quando anoitecia a gente se trancava dentro de casa e permanecia sempre apreensivo e atento a qualquer movimento estranho que a gente tinha na propriedade", diz o agricultor João Antonio de Faria.
Os assaltos estavam preocupando tanto em Catalão a Polícia Militar e o sindicato rural decidiram trabalhar juntos. Os fazendeiros doaram computadores, aparelhos celulares, GPSs e um drone. Com estes equipamentos a PM mapeia todas as propriedades do município.
Do alto o equipamento faz imagens da sede da fazenda, de todas as estradas rurais. As reservas de mata, que muitas vezes servem de esconderijo para os bandidos, também são mapeadas pela polícia.
Em cada visita às propriedades, a patrulha rural tira fotos das máquinas agrícolas, das cabeças de gado, da marca e do registro de todos os animais. Depois as informações seguem para um banco de dados da PM.
Os nomes dos funcionários também são cadastrados. Essa é uma forma do produtor não empregar quem é foragido da Justiça.
A fazenda cadastrada recebe uma placa na entrada. Mais de 500 foram inseridas no sistema desde que o trabalho começou, há um ano.
“Tivemos redução de 60% nos índices de crimes de roubo em ambiente rural, 25% dos crimes de furto e 16% do furto de gado", explica Vinicius Roldão, tenente da PM.
A explicação para a queda dos crimes é simples: o mapa das fazendas na tela do computador reduz o tempo de resposta para atender os chamados.
A meta é chegar a 1,1 mil propriedades atendidas até o final do ano.
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