quinta-feira, 27 de abril de 2017

Desertificação no Nordeste ameaça produção agrícola


Desertificação

Desertificação no Nordeste ameaça produção agrícola


Dia Nacional da Caatinga alerta para processo de degradação do meio ambiente no sertão nordestino
O sertão, cantado em verso e prosa Brasil afora, celebrará, no próximo dia 28, o Dia Nacional da Caatinga – sua vegetação mais característica e único bioma exclusivamente nacional. No entanto, é de lá que também vem o alerta: as terras do Nordeste estão enfrentando um novo fenômeno chamado desertificação.

 
Resultado de ações humanas, a desertificação é um processo de degradação do meio ambiente que torna os solos inférteis e improdutivos. Recentemente o Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca no Estado da Paraíba (PAE-PB) anunciou que 93,7% do território do estado está em processo de desertificação, sendo que 58% em nível alto de degradação.
 
“Esse dado é alarmante e exige providências para que não se agrave. São necessárias ações assertivas em parceria com a sociedade e governos. A conservação da biodiversidade, incluindo o solo, é fundamental para a economia do país e para a sobrevivência humana. A criação e implementação de unidades de conservação, para proteger as áreas remanescentes de vegetação natural e auxiliar na regulação do clima, são essenciais para mudar esse cenário”, comenta Emerson Oliveira, coordenador de Ciência e Informação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

 
A proteção de todos os biomas brasileiros tem sido o foco da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza ao longo de seus 27 anos de atuação. Por meio do Programa de Apoio a Ações de Conservação, a Fundação participa da busca pela manutenção do solo, água, fauna e flora nacionais protegidos, evitando a sua degradação. No início do ano a organização divulgou a lista das novas iniciativas de conservação da natureza que serão apoiadas em 2017. No total, R$ 1,5 milhão estão sendo investidos em 18 novas iniciativas, metade delas com atuação na Caatinga.

 
Projetos na Caatinga = preservação da vida no Nordeste
 
Na Caatinga, especificamente, projetos apoiados pela Fundação como o de conservação do tatu-bola, no Piauí, e da arara-azul-de-lear, na Bahia, que visa a transformação da Estação Biológica de Canudos em Reserva Particular do Patrimônio Natural, estão em curso para evitar o avanço de processos de degradação do bioma.

 
Ações de proteção da fauna, flora e de nascentes na Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra das Almas e a proteção da área de ocorrência do soldadinho-­do­-araripe para conservação da espécie, que está criticamente em perigo de extinção, ambos no Ceará, também contribuem para a conservação dos restritos recursos hídricos e florestais no estado.

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