quinta-feira, 27 de abril de 2017

GRUPO EM MT QUER NORMA FEDERAL PARA CONTER PRAGA DO ALGODÃO

GRUPO EM MT QUER NORMA FEDERAL PARA CONTER PRAGA DO ALGODÃO

Após ter confirmada sua identificação em Mato Grosso em junho de 2015, a espécie de caruru Amaranthus palmeri, atualmente, está controlada no Estado. Considerada uma praga exótica para o Brasil, o primeiro relato oficial de sua ocorrência foi divulgado em 2015, em uma circular técnica do Instituto Mato-grossense do Algodão (Ima-MT), ligado à Associação Mato-grossense de Algodão (Ampa).
Desde então, a contenção desta planta foi possível graças às medidas adotadas pelo Grupo de Trabalho estadual para erradicação da praga, formado por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agrossilvipastoril.
“A Amaranthus palmeri ou caruru-palmeri foi identificada em um projeto de extensão realizado em associação entre o Univag, Ima e a UFMT. Tínhamos um projeto que monitorava áreas com plantas daninhas com problema de controle. A Embrapa se somou logo depois. Hoje, entendemos que boa parte da contenção desta planta se deve a um tripé: a pesquisa, a fiscalização dos órgãos estaduais e os agricultores, que acataram as recomendações e não deixaram que ela se espalhasse”, analisa o professor do Univag, Anderson Cavenaghi.
Reunido na última semana, em Cuiabá, o Grupo de Trabalho também definiu as próximas metas. “Já conseguimos a contenção da praga Amaranthus palmeri, porém, nossa meta é a erradicação. Sabemos que a redução da população da planta daninha, desde quando foi detectada até hoje, é de cerca de 60%. Além disso, em locais onde foram encontradas plantas de forma isolada, a praga não disseminou. Da nossa parte, continuaremos inspecionando e monitorando as propriedades rurais”, explica o Coordenador de Defesa Sanitária Vegetal do Indea, Thiago Augusto Tunes.
Além da manutenção da fiscalização, outra meta do Grupo é a criação de uma instrução normativa nacional. “Hoje, o programa de erradicação é de Mato Grosso e não há nenhuma norma federal para controle dessa praga. Nossa preocupação é de que, caso surja a praga em algum outro estado, se torne inviável o seu controle. A minuta da normativa já está pronta e será encaminhada ao Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, nos próximos dias”, afirma Omar Silveira, Auditor Fiscal Federal Agropecuário do Mapa, que acompanha o Programa de Erradicação do Amaranthus palmeri.
Para a Aprosoja, a instrução normativa é mais um passo importante para a erradicação completa da praga. “Nós acompanhamos desde o início as discussões e medidas que foram tomadas para conter a Amaranthus palmeri e elas foram fundamentais para os resultados que colhemos hoje. Em boa parte, essa contenção também se deveu às informações que levamos aos nossos associados e que continuaremos levando para alcançarmos a erradicação total da praga”, diz a coordenadora da Comissão de Defesa Agrícola da Aprosoja, Roseli Giachini.

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