sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Área de soja na Argentina gera controvérsia


BAIXISTA

Área de soja na Argentina gera controvérsia


Combustível para pressionar o mercado em Chicago
Por:  -Leonardo Gottems 
Publicado em 22/12/2017 às 09:19h.
De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, a área de soja na Argentina virou tema de controvérsias: “Normalmente o governo argentino é o mais otimista, ao fazer suas previsões de safra, mas, na soja é o mais pessimista: estima 16,68 milhões de hectares, contra a estimativa anterior de 16,8 Mha e 18 milhões da safra passada. Já a Bolsa de Cereales de Buenos Aires estima uma área plantada de 18,1 milhões de hectares e o USDA estima 19,1 milhões de hectares”. 
“Toda esta confusão, mais as disparidades sobre a situação das lavouras do país tem servido como combustível para pressionar o mercado em Chicago, uma vez que a Argentina é o maior exportador de farelo do mundo e um grande exportador de soja em grão e de óleo de soja. Se a safra não for boa no país, altera significativamente o equilíbrio da oferta e demanda mundial”, aponta o analista Luiz Fernando Pacheco.
Para a T&F, quem está mais próxima da realidade é a Bolsa de Cereales. No seu relatório desta quinta-feira (21.12) ela registra que foi retomado o plantio no Centro e no Sul da Região Agrícola, elevando a área já implantada para 70,9%, dos 18,1 Mha projetados. O avanço semanal foi de 7,4 pontos percentuais e o atraso em relação ao ano passado, de 5%, devido a demoras na semeadura por seca nas regiões NOA e NEA.
“As chuvas registradas durante a última semana reativaram lentamente o plantio em várias regiões do Centro e do Sul da região agrícola. Contudo, a falta de condições para a implementação do cultivo no extremo Norte do país impede a incorporação de uma parte significativa da área total e contribui para o atraso em relação à safra passada”, aponta Pacheco.
Ainda de acordo com o boletim, nesta semana foi concluído o plantio dos lotes de primeira na região Núcleo Norte e Centro-Leste da província de Entre-Rios, onde as plantas, já começam a florescer (R1), ou ainda se mantém diferenciando folhas sob uma adequada oferta hídrica. Nas regiões restante desta província se encontram em fase final da incorporação dos lotes de primeira e avançando sobre os lotes de segunda.
“Chuvas acumuladas durante os últimos sete dias, inclusive hoje, aliviaram o déficit hídrico em amplas regiões das províncias de Santa Fé, Córdoba, San Luís, Entre Ríos, Buenos Aires e La Pampa. Contudo, para o norte do país o cenário é diferente, porque persistem focos de seca em amplos setores do NOA e NEA, onde a janela de plantio foi iniciada no início do mês, mas, ainda não se registraram progressos generalizados, devido à falta de condições para a implantação do cultivo. Atualmente se estima que 40% da superfície de soja do país que ainda não foi semeada, está nestas regiões, que tem até meados de janeiro para a incorporação dos lotes. Segundo as empresas de meteorologia, há previsão de precipitações entre 25 e 199 mm durante os próximos dias, na região norte do país”, conclui Pacheco.


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