Idade Média tinha dieta não balanceada e pouco nutritiva
Alimentação consumia 80% do que as pessoas ganhavam. Só ricos podiam comprar carne, aves e temperos. Para a maioria, a base era o trigo.
GLOBO REPORTER
O Globo Repórter foi à Alemanha, no vale do Rio Reno. Quando o transporte por terra era complicado, o caminho da água já era suave. O Rio Reno foi uma das primeiras rotas de entrada e saída de alimentos na Europa. O Reno nasce na Suíça e desagua no Mar do Norte, na Holanda. Até hoje é o rio mais navegado do planeta, mesmo com tantas curvas e penhascos.
A abadia de Seligenstadt, construída em 830, guarda costumes de 1.200 anos. Na região, quando um mosteiro era erguido, os monges plantavam trigo e uva, para o pão e o vinho, flores para a produção de mel, e faziam um jardim de ervas, de onde tiravam temperos e remédios.
A abadia de Seligenstadt, construída em 830, guarda costumes de 1.200 anos. Na região, quando um mosteiro era erguido, os monges plantavam trigo e uva, para o pão e o vinho, flores para a produção de mel, e faziam um jardim de ervas, de onde tiravam temperos e remédios.
A historiadora Heike Wirth, especialista no assunto, diz que comida era muito caro. A alimentação consumia 80% do que as pessoas ganhavam. Só mais os ricos podiam comprar carne, aves e temperos, que valiam ouro. Para a maioria, a base era o trigo, que parece europeu, mas não é. O trigo, a cevada, o centeio são do Oriente Médio.
Como até pão era caro, a comida de todo dia era mingau de trigo. Sem sal, sem cor, sem graça. De vez em quando, aparecia um peixe. Alguns legumes e verduras já eram conhecidos. Mas o costume era cozinhar demais, por muito tempo. Com isso, muitos nutrientes se perdiam.
“Na Idade Média, não se conhecia as vitaminas, nem os elementos. Além disso, comia-se sempre os mesmos alimentos, sem variar. A dieta não balanceada e a falta de nutrientes levavam a doenças, e isso a gente constata estudando os ossos das pessoas daquele tempo”, afirmou Heike Wirth, historiadora.
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