segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Supermercados esperam vendas de menores a estáveis na Páscoa

29/02/2016 12h44 - Atualizado em 29/02/2016 12h47


Supermercados esperam vendas de menores a estáveis na Páscoa



Supermercados elevam encomendas de cerveja e refrigerantes.
Vendas de janeiro têm queda real de 3,38% sobre um ano antes.

Da Reuters

Os supermercados do Brasil esperam vendas menores ou estáveis no período da Páscoa, no fim de março, informou nesta segunda-feira (29) a associação que representa o setor, Abras, acrescentando que o faturamento de janeiro caiu na comparação anual.
Páscoa ovos Campinas (Foto: Reprodução/ EPTV)Ovos de Páscoa em supermercado de 
Campinas: empresários preveem vendas
modestas (Foto: Reprodução/ EPTV)
Segundo pesquisa da entidade, 41,9% dos supermercadistas do país esperam vendas da Páscoa estáveis e 39,5% acreditam em queda em relação à mesma temporada de 2015. Apenas 18,6% dos empresários do setor esperam uma melhora no desempenho para o período.
"A Páscoa sempre é muito aguardada pelo setor, mas entendemos que o atual momento econômico vem refletindo na expectativa dos supermercadistas", disse o presidente da Abras, Sussumo Honda, em comunicado. A Páscoa é a segunda data mais importante para o setor, atrás apenas do Natal.
A pesquisa da Abras apontou ainda que as redes varejistas apostaram em produtos de menor valor agregado para a Páscoa neste ano, como caixas de bombons e chocolates em barra. A categoria de ovos de Páscoa teve queda 7% nas encomendas dos supermercadistas, segundo a Abras.
O levantamento também mostrou que quase todos os produtos ligados à época tiveram queda de encomenda pelos supermercados, como peixes e vinhos. Da lista de produtos mais consumidos na Páscoa, somente o grupo refrigerantes e cervejas (+3,2%) e os azeites (+0,7%) tiveram encomendas maiores.
Vendas em janeiro
A entidade registrou queda de 3,38% nas vendas reais dos supermercados do país em janeiro sobre um ano antes. Na comparação com dezembro, a queda foi de 19,6%.
"Desemprego e inflação em alta, reduziram a renda disponível do consumidor e, combinado a um quadro de incertezas econômicas, houve impacto nas vendas", disse Honda em comunicado.
A Abras informou no mês passado que espera queda de 1,8% nas vendas reais dos supermercados do país este ano, após queda de 1,9% em 2015.
Em janeiro, a cesta de produtos pesquisada pela entidade em conjunto com a empresa GfK apontou alta nominal de 2,99% nos preços sobre dezembro e de 17,44% sobre o mesmo mês de 2015, a R$ 452,22. As maiores altas sobre dezembro envolveram produtos de hortifruti como cebola (23%), tomate (21,6%), farinha de mandioca (17,76%) e açúcar (10,2%).



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Mulher que pediu emprego em cartaz na rua há 9 meses vive de 'bicos'

29/02/2016 13h48 - Atualizado em 29/02/2016 16h59


Mulher que pediu emprego em cartaz na rua há 9 meses vive de 'bicos'



Dulce Nogueira entregou mais de 700 currículos, sem retorno, em Campinas.
Ela tenta vaga de gerente, mas vende doces, queijos, biscoitos e vinhos.


Do G1 Campinas e Região

Dulce Nogueira passou a vender produtos de Minas após não conseguir emprego em Campinas (Foto: Reprodução / EPTV)Dulce Nogueira passou a vender produtos de Minas após não conseguir emprego (Foto: Reprodução / EPTV)
Nove meses após sair às ruas do Centro de Campinas (SP) com o cartaz “Urgente, preciso emprego honesto”, Dulce Nogueira, que busca vaga de gerente de vendas, continua desempregada. Para pagar as contas, a profissional, também formada em educação física, passou a fazer "bicos". Decisão tomada após enviar cerca de 700 currículos e não ter qualquer resposta das empresas, segundo ela.
Vendo em empresas, residências, lojas. Onde tiver pele, eu estou indo"
Dulce Nogueira, vendedora
A principal atividade de Dulce atualmente é a venda de biscoitos, doces, queijos e vinhos de Minas, que ela divulga em banners e também por mensagens de Whatsapp para os clientes.
"Vendo em empresas, residências, lojas. Onde tiver pele, eu estou indo. Tenho cartãozinho, banner, que, quando paro em algum lugar, coloco no carro. (...) O pessoal que passa Whatsapp eu mando todas as novidades", conta. Assista à entrevista completa no vídeoabaixo.
Ela também dedica parte do tempo ao trabalho de freelancer de uma agência de turismo, onde contribui com vendas de passagens, e à função de terapeuta de quick massage, serviço de massagem corporal que ela oferece em empresas, lojas, shoppings, que custa em média R$ 50 a sessão de 15 a 20 minutos.
A renda mensal que ela consegue é suficiente para pagar as contas mais básicas, sem exageros e luxos. "As contas fixas eu to conseguindo [pagar], mas esse mês de janeiro que tem impostos estou muito apertada", conta Dulce.
Dulce Nogueira foi para as ruas de Campinas com um cartaz pedindo emprego (Foto: Reprodução / EPTV)Dulce Nogueira foi para as ruas de Campinas com um cartaz pedindo emprego (Foto: Reprodução / EPTV)
Desempregada há 27 meses
Antes de exibir o cartaz nas ruas, Dulce já buscava um emprego na área dela há 18 meses. Ela está, portanto, há 27 meses na expectative de, finalmente, trabalhar no que realmente gosta de fazer: assumir a gerência ou coordenação de academia de ginástica, já que possui experiência nesse cargo.
Dulce ainda entrega currículos, mas tem se concentrado mais nos locais onde há vagas, de fato, abertas e tenta sempre entregar diretamente no setor de recursos humanos, para que a chance não seja engavetada. Ela acredita que o cargo pretendido assusta quem contrata.
Acho que os empresários deveriam olhar mais essa faixa de pessoas como eu. Estão mais focados nos jovens que não tem impostos para pagar, aluguel, as despesas normais, e eles têm muito mais tempo para correr atrás"
Dulce Nogueira, vendedora
"Especificamente na minha área acontece de engavetar, acontece da própria gerente estar recebendo o seu currículo, então para ela é uma ameaça", acredita.
Ela faz uma crítica a algumas formas de contratação, que preferem os recém-formados. "Acho que os empresários deveriam olhar mais essa faixa de pessoas como eu. Estão mais focados nos jovens que não tem impostos para pagar, aluguel, as despesas normais, e eles têm muito mais tempo para correr atrás. Agora, a gente que não é nem aposentado, nem recém-formado como fica na sociedade?", desabafa.
Realidade que se multiplica
De acordo com dados do IBGE, o ano de 2015 terminou com um aumento de 42% no número de pessoas que buscam uma oportunidade de trabalho, em relação a 2014. Assim como a Dulce, muitas pessoas também passaram a procurar outras atividades para garantir uma renda e pagar as contas.
O número de trabalhadores por conta própria aumentou 4,5% no final de 2015, segundo o Instituto, principalmente no grupo de pessoas que estão desempregadas há mais tempo, ou seja, não contam mais com o seguro-desemprego.
Nesta segunda-feira (29) a EPTV, afiliada da TV Globo, exibiu uma reportagem com exemplos de outras pessoas que passaram a adotar uma atividade extra, assim como a Dulce. Clique no vídeoabaixo para conhecer essas histórias.

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  • Campinas
    • Para acessar os videos clique no link abaixo.
      http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/concursos-e-emprego/noticia/2016/02/gerente-que-pediu-emprego-em-cartaz-na-rua-ha-9-meses-vive-de-bicos-campinas.html

Primeira do país a aderir ao PPE, Grammer quer prorrogar programa

29/02/2016 16h55 - Atualizado em 29/02/2016 17h09


Primeira do país a aderir ao PPE, Grammer quer prorrogar programa


Ampliação deve atingir apenas funcionários do administrativo da unidade.
Sindicato teme demissões após período de estabilidade.


Poliana CasemiroDo G1 Vale do Paraíba e Região


Funcionários da Grammer aceitaram proposta para que empresa aderisse ao PPE (Foto: Wanderson Borges/TV Vanguarda)Empresa de Atibaia foi a primeira do país a aderir
ao PPE (Foto: Wanderson Borges/TV Vanguarda)
Primeira empresa do país a aderir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), a fabricante de bancos Grammer, em Atibaia (SP), negocia a renovação por mais seis meses do programa do governo federal que reduz salários e jornada em troca de estabilidade no emprego.
A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos de Bragança Paulista. O primeiro pacote da medida, que atingiu cerca de 500 trabalhadores, termina nesta segunda-feira (29). Pelo acordo, os funcionários têm dois meses de estabilidade no emprego com o fim do período do PPE.
Segundo o sindicato, a empresa negocia a extensão do  programa apenas para os trabalhadores do setor administrativo. Para ter o pedido de continuidade aprovado pelo governo federal, a empresa deve comprovar dificuldades financeiras.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) confirmou que a empresa sinalizou a intenção de estender o programa e que está em processo de negociação com os funcionários.  A Grammer foi procurada pela reportagem do G1, mas não retornou até a publicação desta reportagem..
Instabilidade
A Grammer aderiu ao PPE em 28 de agosto de 2015. A adesão foi uma tentativa de evitar demissões frente à crise no setor automotivo, do qual é fornecedora. 
À época, a empresa já adotava outras medidas como banco de horas, e já havia demitido 180 funcionários.
Como a prorrogação não incluiria os trabalhadores da produção, segundo o sindicato, há o temor de novas demissões, já que a estabilidade de emprego garantida pelo programa termina em abril.
Avaliação
O sindicato avalia que o programa foi positivo no momento da adesão e que foi aprovado na esperança de melhoria no setor.
No entanto, não houve mudança de cenário. De acordo com o balanço da Associação Nacional de Fabricantes de Automotores (Anfavea), a produção de veículos caiu 22,8% em 2015. 
“Nós vínhamos de redução de jornada e demissão [antes do PPE]. Aderimos ao programa na esperança de um 2016 melhor, mas não é o que vemos. Estamos tentando negociar, mas o trabalhador também não pode se manter com salário reduzido por muito mais tempo”, disse Valter Jesus Brajão, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Bragança Paulista.


 

Dólar fecha em alta e volta ao patamar de R$ 4

29/02/2016 17h01 - Atualizado em 29/02/2016 17h07


Dólar fecha em alta e volta ao patamar de R$ 4



A moeda norte-americana subiu 0,15%, vendida a R$ 4,0035.
Em fevereiro, houve queda de 0,52%.

Do G1, em São Paulo

Após passar a manhã e a tarde em queda, o dólar fechou em alta em relação ao real nesta segunda-feira (29), após o Banco Central anunciar leilão de linha para esta tarde e depois de aChina cortar a taxa de compulsório.
De acordo com a Reuters, o cenário externo tinha nova depreciação do iuan, decepção dos investidores com a ausência de novas medidas ao fim da reunião do G20 e preocupações com a saúde da economia global. Incertezas sobre o cenário político brasileiro também sustentavam o quadro de cautela.

A moeda norte-americana subiu 0,15%, vendida a R$ 4,0035.  Veja a cotação do dólar hoje. Em fevereiro, houve queda de 0,52%. No ano, há valorização acumulada de 1,41%.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, queda de 0,42%, a R$ 3,9805.
Às 9h30, queda de 0,05%, a R$ 3,9955.
Às 10h, queda de 0,08%, a R$ 3,9943.
Às 10h30, queda de 0,02%, a R$ 3,9968.
Às 11h10, queda de 0,89%, a R$ 3,9619.
Às 12h, queda de 0,84%, a R$ 3,964.
Às 12h40, queda de 0,54%, a R$ 3,9759.
Às 13h19, queda de 0,30%, a R$ 3,9771.
Às 13h44, queda de 0,57%, a R$ 3,9745.
Às 14h15, queda de 0,32%, a R$ 3,9847.

Às 14h54, queda de 0,4%, a R$ 3,9818.
Às 15h54, queda de 0,19%, a R$ 3,9902.


Formação da Ptax
Operadores afirmaram que o mercado estava mais sensível antes da formação da Ptax de fevereiro, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. Além disso, investidores continuavam atentos ao cenário político incerto.

"É de se esperar que o dólar não firme tendência sendo que temos um cenário externo misto e a disputa pela Ptax", disse à Reuters o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.
Cenário interno
O Barclays ressaltou em relatório que a prisão do marqueteiro João Santana, as críticas do PT ao ajuste fiscal do governo e sinais de afastamento dos movimentos sociais aumentariam as chances de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segundo a Reuters, o mercado tem reagido positivamente à possibilidade de mudanças no governo, mas analistas ressaltam que um impeachment pode resultar em um quadro pouco favorável a reformas econômicas.
China
A decisão do banco central da China de reduzir a taxa de compulsório dos bancos pela quinta vez desde fevereiro de 2015, buscando estimular a economia, contribuía para trazer alívio ao mercado.
Dólar nos últimos dias
Veja a variação do valor de fechamento em R$
3,98953,99634,07053,9944,0494,02273,953,96273,95683,953,99764,0035cotação12/0215/0216/0217/0218/0219/0222/0223/0224/0225/0226/0229/023,9253,953,97544,0254,054,0754,1
Gráfico elaborado em 29/02/2016
No entanto, a queda das bolsas chinesas e do iuan limitava o otimismo. Além disso, alguns investidores evitavam vender dólares após a reunião do G20 não resultar em estímulos concretos à economia global, que vem dando sinais de fraqueza neste ano.

Intervenção do BC
O Banco Central fará nesta tarde leilão de venda de até US$ 2 bilhões com compromisso de recompra, em operação que tem como fim a rolagem de contratos já existentes. O BC vem promovendo operações desse tipo no último pregão do mês desde novembro passado.
Até agora, o BC não anunciou o início da rolagem dos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, que vencem em abril. O BC rolou integralmente os últimos sete lotes de swaps e a expectativa é que faça o mesmo com o lote de abril, equivalente a US$ 10,092 bilhões.

Por meio dos contratos de “swap cambial”, o BC realiza uma operação que equivale à uma venda de moeda no mercado futuro (derivativos), o que reduz a pressão sobre a alta da moeda. Entenda o que são swaps cambiais.