Com irrigação, sojicultor mineiro estima colher 150 sacas por hectare
29/02/16 - 10:26
Driblando a falta de chuvas durante seis anos com irrigação, o agricultor de Brasilândia de Minas (MG), Leonardo Latalisa França, estima, na atual safra de soja, colher entorno de 150 sacas por hectare, superando sua média do ciclo passado, quando alcançou produtividade de 113,32 sacas no mesmo espaço. A última média atingida colocou França no topo do ranking nacional de produtividade, na categoria irrigada do Desafio de Máxima Produtividade da Soja, realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), com a finalidade de estimular o rendimento nas lavouras do país.
“Já cheguei a colher 60 sacas por hectare antes de investir em irrigação. Nos dois primeiros anos com irrigação já pulamos para 90 sacas, e na última passamos de 100”, afirma o sojicultor mineiro. Segundo França, que abre suas planilhas, apesar dos altos investimentos, a expectativa neste ciclo também remete à lucratividade, levando em conta seus ganhos na última safra que foi de R$ 3.906,52 por hectare. “Com irrigação consigo oferecer água no momento exato para o desenvolvimento das plantas, junto a outras estratégias, tem atingido receita e produtividade que não se comparam às médias praticadas em muitas outras regiões do Brasil”, pontua.
Entre as estratégias adotadas pelo agricultor de Brasilância de Minas, chama a atenção a parceria com um produtor rural americano, que desenvolveu estratégias de nutrição foliar, atualmente empregadas pelo mineiro. “Irrigação, manejo e algumas destas contribuições internacionais, tem sido o tripé que me faz avançar nos números a cada safra”, revela França, que valoriza o intercâmbio de informações em prol da produtividade.
Segundo o integrante do CESB e supervisor de Implementação e Programação da Transferência de Tecnologia da Embrapa, Sérgio Abud da Silva, existe necessidade imediata para avançar na produtividade da soja. “A cada vez, somos mais desafiados a produzir maior volume, na mesma área. E reunir estas informações, que acarretam em maiores produtividades, sistematizá-las, e disponibilizá-las aos produtores, esta entre os objetivos do Comitê, que fará com que o agricultor supere esse desafio, beneficiando tanto da porteira para dentro como para fora”, destaca.
Leonardo Latalisa França inscreveu no atual Desafio de Máxima Produtividade da Soja do CESB, três áreas de 10 hectares cada. Os resultados serão divulgados pela entidade em junho deste ano e a expectativa do Comitê é de encontrar o sojicultor capaz de produzir 143 sacas por hectare na safra 2015/16. Nesta edição 4.000 agricultores de todas as regiões brasileiras concorrem ao prêmio de maior produtividade, em diferentes categorias.
Sobre o CESB
O CESB é uma entidade sem fins lucrativos, formada por profissionais e pesquisadores de diversas áreas, que se uniram para trabalhar estratégicamente e utilizar os conhecimentos adquiridos nas suas respectivas carreiras e vivências, em prol da sojicultura brasileira. O CESB é qualificado como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), nos termos da Lei n° 9.790, de 23 de março de 1999, conforme decisão proferida pelo Ministério da Justiça, publicada no Diário Oficial da União de 04 de dezembro de 2009.
Atualmente, o CESB é composto por 19 Membros e 15 entidades patrocinadoras: Syngenta, BASF, Bayer, Stoller, TMG, Monsanto, Sementes Adriana, Agrichem, UPL do Brasil, Jacto, Mosaic, Aprosoja MT, Produquímica, Instituto Phytus e DuPont.
Agrolink com informações de assessoria
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