O dólar voltou a cair frente ao real nesta segunda-feira (29) e, por volta das 13h (horário de Brasília), cedia 0,36% e era cotado a R$ 3,983. E com o câmbio atuando como o principal diferencial para a formação dos preços da soja no Brasil, as primeiras referências deste início de semana traziam alguma reação, porém, sem seguir uma direção comum.
No porto de Rio Grande, no início da tarde de hoje, o produto disponível valia R$ 78,50 por saca, registrando uma baixa de 1,88%, enquanto, na contramão, o produto futuro subia 0,63% em relação à última sexta (26), e era negociado a R$ 79,50. No terminal de Paranaguá, as referências eram ligeiramente menores.
Ao mesmo tempo, seguiam positivos os prêmios pagos nos principais terminais de exportação da oleaginosa brasileira, indicando, segundo ainda sinalizam os analistas de mercado, que a demanda segue forte e presente. Em Paranaguá, as principais entregas de produto tinham entre 20 e 45 cents de dólar acima dos valores que vinham sendo praticados em Chicago.
Os negócios, porém, permaneciam pontuais e sem mudar muito a cena da comercialização da nova safra do Brasil. Com a colheita em andamento, e já concluída em pouco mais de 30% da área, os trabalhos no campo ganham mais a atenção dos sojicultores do que novas vendas. Há uma espera por uma melhor definição do dólar, bem como dos preços na Bolsa de Chicago, que seguem operando em uma espécie de "confinamento", ainda sem forças para romper seu patamar de resistência, e garantir novas altas, ou o de suporte, consolidando novas baixas. Para que isso acontecesse, não só precisariam chegar novidades dos fundamentos, como os especuladores precisariam voltar ao mercado futuro americano, o que ainda não acontece.
Assim, na sessão desta segunda, os futuros da oleaginosa tinham uma nova sessão de tímidas oscilações na Bolsa de Chicago. As posições mais negociadas, por volta das 13h15 (Brasília), perdiam entre 0,25 e 1 ponto, com o março/16 valendo US$ 8,54 por bushel e o maio/16, referência para a safra brasileira, com US$ 8,62.
No cenário internacional, as atenções dos investidores seguem voltadas para o mercado financeiro, que ainda inspira atenção e segue trazendo cautela e uma elevada aversão ao risco. Entre os fundamentos, a conclusão da safra da América do Sul segue no radar e, sobre o clima, os alertas agora começam a chegar da região Matopiba do Brasil, por conta da seca que vem castigando as lavouras há quase um mês.
Fonte: Notícias Agrícolas
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