Março é mês de preparar a silagem para alimentar o gado durante a seca
29/02/16 - 14:11
As chuvas do início do ano recuperaram boa parte das pastagens do Estado e ajudaram os pecuaristas a alimentar o rebanho. Mas o momento também é de preparo para enfrentar os meses de estiagem que não demoram a chegar.
De acordo com o coordenador técnico de Bovinocultura da Emater-MG, José Alberto de Ávila, nesta época do ano a capacidade de produção pecuária é maior em razão do regime de pasto. “O período de chuvas favorece o regime de pasto, com um custo de produção mais barato. A dúvida é daqui a 90 ou 120 dias, quando o pasto cai de qualidade e o produtor depende de suplementação com a utilização da silagem. Por isso é importante planejar a produção”, destaca.
A silagem é uma forragem – capim, milho, sorgo, etc – que é cortada, compactada, vedada e armazenada em silos para fermentação. Quando bem feita, o valor nutritivo da silagem é semelhante ao material de origem. Na época de seca, ela pode substituir o pasto e, por isto, é conhecida como suplementação volumosa.
Março é o mês que se intensifica a processo de silagem, com produção do material volumoso que foi plantado para esta finalidade. O processo de ensilagem vai do corte até a proteção do silo. Nesta fase, é preciso preservar ao máximo a qualidade da forragem produzida.
“Para preparo da ensilagem, o produtor precisa estar atento ao ponto de corte, pois a qualidade da silagem depende da correta determinação do momento de corte. No caso do milho, a planta deverá apresentar teor de matéria seca na faixa de 30 a 35%. Já no corte para ensilagem, a picadeira deve estar bem regulada e com as navalhas sempre em boas condições para proporcionar uma boa picagem do material. O tamanho da partícula ideal é de 0,5 a 1,5 cm”, explica o coordenador da Emater-MG.
Março é o mês que se intensifica a processo de silagem, com produção do material volumoso que foi plantado para esta finalidade. O processo de ensilagem vai do corte até a proteção do silo. Nesta fase, é preciso preservar ao máximo a qualidade da forragem produzida.
“Para preparo da ensilagem, o produtor precisa estar atento ao ponto de corte, pois a qualidade da silagem depende da correta determinação do momento de corte. No caso do milho, a planta deverá apresentar teor de matéria seca na faixa de 30 a 35%. Já no corte para ensilagem, a picadeira deve estar bem regulada e com as navalhas sempre em boas condições para proporcionar uma boa picagem do material. O tamanho da partícula ideal é de 0,5 a 1,5 cm”, explica o coordenador da Emater-MG.
De acordo com Ávila, a compactação da silagem é uma operação de grande importância. O objetivo é expulsar o ar do interior da massa verde que está sendo ensilada, conseguindo um ambiente anaeróbico (sem oxigênio). A ação visa obter fermentação desejável (alta produção de ácido láctico). Quando o material se apresenta no ponto ideal de ser ensilado, a compactação bem preparada proporciona uma densidade de silagem da ordem de 650 a 700 kg/m3.
Outras questões importantes são o tempo de enchimento, a vedação e a proteção do silo. “São etapas que impedem o retorno de ar na massa verde e a entrada de animais. Perfurações na lona dão oportunidade à entrada de ar ou de água de chuvas eventuais para o interior da massa ensilada e causam perda de qualidade”, conclui.
Etapas da produção
Para obter silagem de alta qualidade é necessário estar atento a todos os pontos básicos que se relacionam com a atividade, tanto na fase de produção (que vai da análise de solo até o ponto de corte) como na fase de ensilagem (que vai do corte até a proteção do silo).
Segundo Ávila, quando trabalha com o sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) a primeira fase de produção começa entre maio e junho. “Primeiro é recomendado fazer análise de solo do pasto e aplicação de fertilizantes no pasto. Já em setembro é preciso retirar os animais do pasto para a rebrota do capim e formação da palhada e em outubro fazer aplicação de herbicida dessecante. Em novembro acontece o plantio direto do milho e em seguida duas adubações de cobertura. É preciso ficar atento à pulverização, para o controle de pragas. Em fevereiro retoma o processo de ensilagem”, ressalta.
Novo mercado
Os pecuaristas estão com uma nova possibilidade no mercado, a venda de silagem. A comercialização acontece com duas possibilidades. A primeira, mais viável, oferece a venda do milho no ponto para ensilar. E a segunda possibilidade é a venda da silagem pronta para alimentar os animais ou ensilar novamente. “Na primeira alternativa é recomendado transportar com rapidez e ensilar o material em local próximo ao fornecimento dos animais e seguir os mesmos cuidados na compactação e vedação do silo. Na segunda opção, comprando a silagem já pronta, a chance de perda de qualidade é maior. Cada vez mais o produtor está se especializando na produção, se quem faz o plantio do milho possui todos os equipamentos necessários para conduzir uma excelente lavoura, a compra da silagem é a melhor opção”, destaca José Alberto.
Etapas da produção da silagem
Maio e junho – Análise de solo do pasto e aplicação de fertilizante
Setembro – Retirada dos animais do pasto para a rebrota do capim e formação da palhada
Outubro – Aplicação de herbicida dessecante
Novembro – Plantio direto do milho e duas adubações de cobertura
Dezembro – Pulverização para controle de pragas
Fevereiro e março – Colheita e ensilagem
Agrolink com informações de assessoria
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