domingo, 28 de fevereiro de 2016

EUA pedem que China leve em conta mercado ao determinar câmbio

28/02/2016 13h09 - Atualizado em 28/02/2016 13h14


EUA pedem que China leve em conta mercado ao determinar câmbio




Secretário do Tesouro dos EUA pediu que China melhore sua comunicação.
Ele fez declaração em reunião com vice-premiê chinês após cúpula do G20.

Da Reuters


Ministros e presidentes de bancos centrais posam para fotografia ao final do encontro do G20, na China (Foto: Aly Song/Reuters)Ministros e presidentes de bancos centrais posam para fotografia ao final do encontro do G20, na China (Foto: Aly Song/Reuters)
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, disse neste domingo (28) que é crítico que a China continue se movendo em direção a uma taxa de câmbio mais orientada pelo mercado e que comunique claramente suas ações ao mercado.
Lew pediu à China que melhore sua comunicação com os mercados e aumente o peso que eles têm na tomada de decisão sobre o tipo de câmbio do iuane.
Lew fez as declarações durante reunião com o vice-premiê chinês, Wang Yang, em Pequim, após a cúpula dos ministros das Finanças do G20 em Xangai.
"Como a economia global enfrenta muitos desafios, nossas comunicações abertas e francas são mais importantes do que nunca e precisamos continuar a trabalhar juntos para o benefício de ambas nossas nações", disse Lew.

Durante seu encontro, Lew avaliou os esforços do Executivo chinês para realizar a transição econômica, através de políticas fiscais e medidas para reduzir o excesso de capacidade da indústria, apesar de ainda esperar para ver a continuidade das reformas do setor financeiro que reforçarão sua estabilidade.
"Comemoramos os esforços da China para fazer a transição a uma economia mais orientada pelo consumo, incluindo por meio de políticas fiscais que estimulam a demanda das famílias e ações que reduzem a capacidade industrial em excesso", acrescentou.
"Também é crucial que a China continue aumentando o peso do mercado na hora de determinar sua taxa de câmbio e que aumente a transparência de suas políticas relativas ao mesmo de maneira ordenada, e comunique claramente suas ações ao mercado".
O secretário do Tesouro destacou a importância da relação entre EUA e China em um momento no qual a economia global enfrenta múltiplos desafios e mostrou sua disposição de trabalhar com Wang este ano no Diálogo Estratégico China-EUA e no G20.
Lew aproveitou para transferir sua felicitação à China pela organização dos encontros do G20 estes dias e considerou que chegaram a um "grande acordo" para, através de todas as ferramentas políticas, impulsionar a demanda global, consultar as políticas de taxa de câmbio e abrir mão de uma desvalorização competitiva.
Os ministros de Finanças do G20 se comprometeram no sábado a promover um crescimento econômico que permita deixar para trás a crise financeira internacional com uma base além dos estímulos monetários.
A declaração divulgada no fechamento de seu encontro em Xangai constatou os crescentes riscos que debilitam a recuperação econômica mundial e a vontade do grupo das economias desenvolvidas e emergentes por superá-los, mas sem dar receitas claras sobre como isso aconteceria.
A possível saída do Reino Unido da União Europeia (o chamado "Brexit") e a chegada em massa de refugiados à Europa se somam pela primeira vez a uma lista de ameaças que inclui a queda dos preços das matérias-primas, a volatilidade nos fluxos de capitais e os mercados e o auge das tensões geopolíticas.
Para superar esse sombrio panorama, o G20 enfatizou no documento final da reunião a necessidade de usar "todas as ferramentas" monetárias, fiscais e estruturais "individual e coletivamente"

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