Capacitação em apicultura é oferecida a moradores de comunidades ribeirinhas
29/02/16 - 14:32
Para dar início à profissionalização de ribeirinhos das comunidades de São Francisco e do Porto da Manga no trabalho com as abelhas, será realizada esta semana uma capacitação gratuita em apicultura e meliponicultura (a criação de abelhas sem ferrão). A iniciativa, que acontece de 29 de fevereiro a 04 de março, é fruto de uma parceria entre a Embrapa Pantanal, Ecoa - Ecologia & Ação e Federação de Apicultura e Meliponicultura de Mato Grosso do Sul (FEAMS), com a colaboração do Sindicato Rural de Corumbá. As aulas teóricas e práticas serão realizadas de manhã e à tarde no Parque de Exposições do Sindicato Rural de Corumbá (MS), na sede e no apiário da Embrapa Pantanal, mantido na Fazenda Band'Alta em Ladário (MS).
O pesquisador Vanderlei dos Reis, da Embrapa Pantanal, fala sobre a importância da capacitação para se evitar casos em que o contato entre humanos e abelhas é feito sem preparo ou equipamentos de proteção. "Muitas pessoas que trabalham com a pesca extrativista e artesanal também atuam como "meleiros", coletando mel nos períodos livres ou quando localizam colônias de abelhas africanizadas e nativas. Isso é feito de maneira bem rudimentar e insegura, tanto para eles quanto para o meio ambiente, já que esse tipo de ação pode causar incêndios e eliminar colônias inteiras", diz.
Segundo o pesquisador, a coleta de mel em casos como esses é potencialmente perigosa. "Quando você estressa a colônia para pegar um pouco de mel, ela fica mais agressiva durante alguns dias – principalmente no primeiro e, às vezes, por mais tempo. Pessoas e animais (domésticos ou não) que estiverem perto dessas colônias nesse período, mesmo que não tenham se envolvido na coleta do mel, podem ser atacadas". Vanderlei afirma, ainda, que a ação indiscriminada dos meleiros pode colocar em risco a existência das espécies de abelhas sem ferrão (que têm colônias pequenas e ficam em nichos muito específicos).
Capacitar essas pessoas, de acordo com o pesquisador, é uma forma de transformar potenciais acidentes em atividades seguras e rentáveis. "Pode-se produzir mais e melhor. Essa margem dos rios e áreas com bastante água são muito interessantes para a apicultura. As colônias ferais que estão na natureza são bastante populosas e produtivas. Isso é um indicativo de que a região é muito favorável ao desenvolvimento da apicultura e, possivelmente, da meliponicultura".
Para Vanderlei, a atividade apícola é uma alternativa para a geração de renda para as comunidades ribeirinhas durante a piracema. "Tanto a apicultura quanto a meliponicultura não são muito intensivas em relação ao tempo dedicado a elas. Quem desejar, pode trabalhar com a pesca e desenvolver a apicultura durante o período de defeso, quando se fica legalmente impossibilitado de pescar". Aqueles que aprenderem a trabalhar com as abelhas podem, inclusive, capturar colônias com segurança, retirando-as de casas e outros locais próximos aos moradores para aproveitá-las na produção de mel. "É sistematizar uma atividade que eles já fazem de maneira insegura. Queremos mostrar que eles podem obter um produto de elevada qualidade em uma região de potencial muito interessante", afirma.
Embora este curso esteja com todas as vagas ocupadas, novas capacitações podem ser organizadas sob demanda. Para mais informações, ligue para os telefones 3234-5931 ou 3234-5816.
O pesquisador Vanderlei dos Reis, da Embrapa Pantanal, fala sobre a importância da capacitação para se evitar casos em que o contato entre humanos e abelhas é feito sem preparo ou equipamentos de proteção. "Muitas pessoas que trabalham com a pesca extrativista e artesanal também atuam como "meleiros", coletando mel nos períodos livres ou quando localizam colônias de abelhas africanizadas e nativas. Isso é feito de maneira bem rudimentar e insegura, tanto para eles quanto para o meio ambiente, já que esse tipo de ação pode causar incêndios e eliminar colônias inteiras", diz.
Segundo o pesquisador, a coleta de mel em casos como esses é potencialmente perigosa. "Quando você estressa a colônia para pegar um pouco de mel, ela fica mais agressiva durante alguns dias – principalmente no primeiro e, às vezes, por mais tempo. Pessoas e animais (domésticos ou não) que estiverem perto dessas colônias nesse período, mesmo que não tenham se envolvido na coleta do mel, podem ser atacadas". Vanderlei afirma, ainda, que a ação indiscriminada dos meleiros pode colocar em risco a existência das espécies de abelhas sem ferrão (que têm colônias pequenas e ficam em nichos muito específicos).
Capacitar essas pessoas, de acordo com o pesquisador, é uma forma de transformar potenciais acidentes em atividades seguras e rentáveis. "Pode-se produzir mais e melhor. Essa margem dos rios e áreas com bastante água são muito interessantes para a apicultura. As colônias ferais que estão na natureza são bastante populosas e produtivas. Isso é um indicativo de que a região é muito favorável ao desenvolvimento da apicultura e, possivelmente, da meliponicultura".
Para Vanderlei, a atividade apícola é uma alternativa para a geração de renda para as comunidades ribeirinhas durante a piracema. "Tanto a apicultura quanto a meliponicultura não são muito intensivas em relação ao tempo dedicado a elas. Quem desejar, pode trabalhar com a pesca e desenvolver a apicultura durante o período de defeso, quando se fica legalmente impossibilitado de pescar". Aqueles que aprenderem a trabalhar com as abelhas podem, inclusive, capturar colônias com segurança, retirando-as de casas e outros locais próximos aos moradores para aproveitá-las na produção de mel. "É sistematizar uma atividade que eles já fazem de maneira insegura. Queremos mostrar que eles podem obter um produto de elevada qualidade em uma região de potencial muito interessante", afirma.
Embora este curso esteja com todas as vagas ocupadas, novas capacitações podem ser organizadas sob demanda. Para mais informações, ligue para os telefones 3234-5931 ou 3234-5816.
Foto: Vanderlei dos Reis
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