Produtores cobram de Taques providências quanto à manutenção das reintegrações concedidas pela Justiça
Da Redação - Viviane Petroli
Foto: Assessoria Famato
Produtores rurais de Mato Grosso cobraram providências do Governo de Mato Grosso quanto à manutenção das reintegrações concedidas pela Justiça. Vítimas de sucessivas invasões, apesar de não terem uma resposta definitiva por parte do governador Pedro Taques, os produtores pontuam que a ação de grupos organizados fomentam no estado o que chamam de “indústria das invasões”.
As invasões ocorrem em diversas regiões de Mato Grosso, com destaque para municípios como Luciara, Juruena, Juína, Sorriso, Paranatinga, Santo Antônio de Leverger e Jaciara.
Uma reunião entre a Comissão de Assuntos Fundiários da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), produtores, o governador Pedro Taques e equipe de governo foi realizada ao final da tarde de quinta-feira, 27 de outubro, em Cuiabá.
AgriHub promete conectar produtores de Mato Grosso e investidores para desenvolver novas tecnologias
Apesar de não ter uma resposta definitiva aos produtores mato-grossenses, o governador Pedro Taques se comprometeu a criar um grupo de trabalho para estudar caso a caso a partir da próxima semana. O governador, conforme a Famato, afirmou haver necessidade de se ampliar o efetivo policial do estado, até mesmo para se instalar uma delegacia especializa em crimes agrários.
As queixas dos produtores não são de hoje. Além das invasões de terras, os produtores ainda sofrem com furtos e roubos de insumos, máquinas agrícolas e gado nas propriedades.
Taques declarou que "precisamos de delegados, de mais 125 pelo menos. A Polícia Militar tem 8 mil homens. Precisamos de 12 mil. Não terá, portanto, policiais para fazer a manutenção das reintegrações, é impossível.
O presidente do Sindicato Rural de Paranatinga e produtor Thomas Paschoal Alves Correa, as estratégias utilizadas pelos grupos invasores são as mesmas em todos os lugares. Ele pontua que as áreas mesmo documentadas são invadidas por pessoas "supostamente" contratas por grileiros. “Nós perdemos o título de ‘Paranabala’, quando as pessoas tinham medo de invadir lá. Há dois anos, sofremos invasões”.
No município de Juruena, por exemplo, o produtor Apolinário Sthuler já obteve três reintegrações de posse da Justiça nos últimos seis meses e mesmo assim o grupo de grileiros sempre retorna. A propriedade é de extração legal de madeira. “Já fui ameaçado de morte, meus filhos não querem mais que eu fique na propriedade por temerem por minha vida. Não sei mais o que fazer. Uma propriedade onde trabalho há 24 anos e, nessa altura, terei que abandonar”, declarou Sthuler na reunião com o governo, salientando que a fazenda está sendo sistematicamente desmatada por conta disso.
O custo de uma reintegração de posse sai ao estado por cerca de R$ 200 mil, conforme advogados que atuam na defesa das propriedades. O defensor Ewerson da Costa afirma que o Estado precisa "é cumprir a parte da decisão judicial que diz reintegrar e manter, é a manutenção de posse".
O presidente da Famato, Rui Prado, durante o lançamento da rede de inovação AgriHub, que irá unir produtores e desenvolvedores de tecnologia para buscar soluções para o campo, observou que os produtores mato-grossenses estão buscando meios alternativos para se proteger, enquanto uma “solução não vem por parte do Governo de Mato Grosso”.
As invasões ocorrem em diversas regiões de Mato Grosso, com destaque para municípios como Luciara, Juruena, Juína, Sorriso, Paranatinga, Santo Antônio de Leverger e Jaciara.
Uma reunião entre a Comissão de Assuntos Fundiários da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), produtores, o governador Pedro Taques e equipe de governo foi realizada ao final da tarde de quinta-feira, 27 de outubro, em Cuiabá.
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Apesar de não ter uma resposta definitiva aos produtores mato-grossenses, o governador Pedro Taques se comprometeu a criar um grupo de trabalho para estudar caso a caso a partir da próxima semana. O governador, conforme a Famato, afirmou haver necessidade de se ampliar o efetivo policial do estado, até mesmo para se instalar uma delegacia especializa em crimes agrários.
As queixas dos produtores não são de hoje. Além das invasões de terras, os produtores ainda sofrem com furtos e roubos de insumos, máquinas agrícolas e gado nas propriedades.
Taques declarou que "precisamos de delegados, de mais 125 pelo menos. A Polícia Militar tem 8 mil homens. Precisamos de 12 mil. Não terá, portanto, policiais para fazer a manutenção das reintegrações, é impossível.
O presidente do Sindicato Rural de Paranatinga e produtor Thomas Paschoal Alves Correa, as estratégias utilizadas pelos grupos invasores são as mesmas em todos os lugares. Ele pontua que as áreas mesmo documentadas são invadidas por pessoas "supostamente" contratas por grileiros. “Nós perdemos o título de ‘Paranabala’, quando as pessoas tinham medo de invadir lá. Há dois anos, sofremos invasões”.
No município de Juruena, por exemplo, o produtor Apolinário Sthuler já obteve três reintegrações de posse da Justiça nos últimos seis meses e mesmo assim o grupo de grileiros sempre retorna. A propriedade é de extração legal de madeira. “Já fui ameaçado de morte, meus filhos não querem mais que eu fique na propriedade por temerem por minha vida. Não sei mais o que fazer. Uma propriedade onde trabalho há 24 anos e, nessa altura, terei que abandonar”, declarou Sthuler na reunião com o governo, salientando que a fazenda está sendo sistematicamente desmatada por conta disso.
O custo de uma reintegração de posse sai ao estado por cerca de R$ 200 mil, conforme advogados que atuam na defesa das propriedades. O defensor Ewerson da Costa afirma que o Estado precisa "é cumprir a parte da decisão judicial que diz reintegrar e manter, é a manutenção de posse".
O presidente da Famato, Rui Prado, durante o lançamento da rede de inovação AgriHub, que irá unir produtores e desenvolvedores de tecnologia para buscar soluções para o campo, observou que os produtores mato-grossenses estão buscando meios alternativos para se proteger, enquanto uma “solução não vem por parte do Governo de Mato Grosso”.
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