Nesta segunda-feira (31), os preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com leves perdas
Por volta das 8h05 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam quedas entre 1,75 e 2,00 pontos. O contrato dezembro/16 era cotado a US$ 3,53 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,61 por bushel. O maio/17 operava a US$ 3,68 por bushel.
"O declínio nos preços ocorre em meio a lembretes persistentes do tamanho da safra dos EUA, embora os rendimentos não estão tão elevados quanto o estimado anteriormente", informou o site Agrimoney.com. Apesar dessa perspectiva, os produtores americanos ainda irão colher uma grande safra, acima de 380 milhões de toneladas nesta temporada.
Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta seu novo boletim de acompanhamento de safras. Até a semana anterior, em torno de 61% da área plantada já havia sido colhida.
"Enquanto isso, as vendas norte-americanas do grão diminuíram um pouco", afirmou CHS Hedging ao site Agrimoney.com. O USDA traz hoje novo boletim de embarques semanais, importante indicador da demanda.
Confira como fechou o mercado na última sexta-feira:
No Brasil, milho recua até 6% na semana com queda de braços entre compradores e vendedores
Em grande parte das praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, a semana foi negativa aos preços do milho. Em Londrina (PR), o preço cedeu 6,06%, com a saca a R$ 31,00. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), o valor também caiu 6,06%, com a saca a R$ 31,00. Em Ubiratã e Cascavel, ainda no estado paranaense, a queda foi de 4,62%, com a saca do cereal a R$ 31,00.
Em Mato Grosso, as praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, registraram perda de 3,57%, com a saca R$ 27,00. Na região de Não-me-toque (RS), o recuo ficou em 2,56%, com a saca a R$ 38,00. No Oeste da Bahia, a queda foi de 1,15%, com a saca do milho a R$ 43,00. Em Avaré (SP), a alta ficou em 2,15%, com a saca a R$ 35,66. No Porto de Paranaguá, a alta foi de 3,13%, com a saca a R$ 33,00.
"Temos no mercado interno do milho uma queda de braços entre compradores e vendedores. Quando as cotações recuam, as origens somem e quando os preços sobem, os compradores se retraem. Com isso, temos visto ligeiras movimentações para cima e para baixo, entre R$ 1,00 a R$ 3,00 a saca", explica o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes.
Ainda assim, o especialista pondera que, o quadro entre a oferta e a demanda permanece ajustado. E, os estoques de passagem estão próximos de 5 milhões de toneladas, conforme os números oficiais. "Ainda sou otimista ao mercado de milho, especialmente nos meses de janeiro e fevereiro, já que a safra de verão só deve chegar ao mercado a partir do mês de março", destaca Fernandes.
Paralelamente, ainda é preciso acompanhar o desenvolvimento da safra de verão, conforme reforça o consultor. "Se tivermos problemas com o La Niña, com menor volume de chuvas no Sul do país, e uma possível quebra na produção teremos um mercado mais nervoso. Só deveremos ter um equilíbrio maior com a chegada da safrinha", completa.
Dólar
O câmbio fechou a sexta-feira (28) com alta de 1,3%, cotado a R$ 3,1965 na venda. Segundo a Reuters, a moeda intensificou o movimento positivo após o reporte do FBI que abriu nova investigação sobre emails de Hillary Clinton, candidata à presidência dos EUA, informação que pode manchar a sua candidatura.
Porém, o dólar já subia ao longo do dia diante do crescimento mais forte na economia americana, ampliando as apostas do aumento da taxa de juros no país. Do mesmo modo, a proximidade da formação da Ptax também pesou. Na semana, o câmbio subiu 1,14%.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros do milho fecharam a semana com leves altas entre 0,28% e 0,71%. Nesta sexta-feira (28), os contratos exibiram perdas entre 2,50 e 3,00 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,55 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,63. O maio/17 encerrou o pregão a US$ 3,70 por bushel.
"O mercado tem sido direcionado por outras commodities, como a soja. No caso do milho, temos uma grande oferta nos EUA e a demanda está firme, mas ainda não é excelente", afirma Fernandes.
"O milho seguiu a soja em grande parte do dia, pois faltam notícias da demanda. A previsão para o final de semana é de clima firme, o que deve permitir o avanço nos trabalhos nos campos. E os agricultores continuam a relatar grandes rendimentos", disse Bob Burgdorfer, editor e analista de mercado do portal Farm Futures.
Até o momento cerca de 61% da área cultivada já foi colhida no país, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Já as vendas semanais recuaram e ficaram em 799,300 mil toneladas, na semana encerrada no dia 20 de outubro, contra as expectativas dos investidores de 900 mil a 1.250 milhão de toneladas.
Data de Publicação: 31/10/2016 às 11:00hs
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Notícias Agrícolas
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