Ministro Eliseu Padilha apresenta balanço do Governo Federal na Farsul
31/10/16 - 09:46
A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul recebeu, nesta sexta-feira (28/10), a visita do Ministro Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O encontro contou com a presença de representantes de diversos setores da economia gaúcha para falar sobre as medidas que o Governo Federal vem tomando para tirar o Brasil da crise e redirecioná-lo para a rota do crescimento. O painel recebeu o nome de “A Esperança se Convertendo em Confiança, com Ordem e Progresso” e fez um balanço dos 170 dias de Michel Temer na presidência e quais os principais projetos do Executivo para o futuro.
O evento foi aberto com o pronunciamento do presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, que ressaltou a alegria da entidade em ter sido escolhida para receber o importante encontro que reuniu o Ministro com um grupo representativo. Entre os presentes estavam o presidente da Fiergs, Heitor Müller; do Simers, Cláudio Bier; o representante do Movimento Brasil Competitivo, Claudio Gastal; e o empresário Jorge Gerdau, entre outros. "Muitos afirmam que o setor do agronegócio tem sustentado o Brasil. Na verdade, não fazemos nada sozinhos. Há 20 anos realizamos uma grande discussão do endividamento, brigamos e construímos um projeto. Estamos prontos para fazer a nossa parte para ajudar na recuperação deste país", afirmou Sperotto.
Conforme o Ministro Padilha, o Brasil que existia ficou para trás, especialmente no âmbito político, tendo a Lava Jato como divisor de águas. "Estamos fazendo uma mudança em várias áreas para reverter a esperança do brasileiro em confiança", disse. Entre as iniciativas, está o convívio harmônico das instituições do Brasil e dos três poderes da República, que também funciona com independência. Para conter o déficit, controlar a dívida pública e retomar o crescimento econômico e a geração de empregos, o governo conta com duas iniciativas essenciais: a aprovação da PEC 241, que limita o teto dos gastos do governo, e a Reforma da Previdência, que estabelece idade mínima de aposentadoria de 65 anos.
Padilha explicou que se a Previdência seguir como está, todo o orçamento do governo, a partir de 2024, será exclusivamente para essa despesa, além de folha de pagamento, saúde e educação. Atualmente, ela representa 45% das contas do governo. "Essa prática de se gastar mais do que recebe e aplicar aumentos de impostos para compensar esses aumentos de despesa precisa acabar. Temos que controlar a dívida da União, cujo déficit este ano será de R$ 170 bilhões", declarou.
Esse descontrole de orçamento é o grande responsável pelo crescimento da carga de impostos do país, que nos últimos 15 anos aumentou de uma média de 23% para 37%. "O estado não tem outra fonte que não seja o cidadão", reforçou Padilha. Ele voltou a afirmar que o atual governo não criará novos impostos para pagar despesas. "Optamos por fazer cortes nas nossas despesas para lidar com o déficit". Padilha finalizou com indicativos de que o País já começa a melhorar. "A Expectativa da inflação está caindo e já é prevista em 4,5% em 2018. O mesmo ocorre com os juros, estimados em 9,5% em 2020. Creio na vitória final e inexorável do Brasil como nação", encerrou.
No espaço para perguntas, o vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, questionou sobre a expectativa de melhora de sinal de telefonia nas propriedades rurais, o que é essencial para o desenvolvimento tecnológica do setor. Padilha respondeu que as empresas de telefonia têm a obrigação de garantir sinal em toda a sua área de atuação e que as empresas precisam ser cobradas pelo governo e agências reguladoras para cumprirem com seus compromissos contratuais. Outra questão apontada por Pereira foi a necessidade de investimento na área de energia para evitar um novo apagão quando o Brasil retomar o crescimento.
Após a apresentação, Sperotto entregou à Padilha um documento da Farsul manifestando apoio às medidas adotadas e propostas pelo governo, especialmente a PEC 241 e as reformas. Também solicitou atenção aos problemas com infraestrutura, que tornam os custos de produção e de transporte de grãos os mais caros do mundo. O ofício também manifesta preocupação com as propostas encaminhadas por centrais sindicais solicitando tributação nas exportações do agronegócio, o que tiraria a competitividade internacional do setor.
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